biliões de dollars dos eeuu/nato para mandar os ucranianos para a morte ( até ao último ! )

Os 61 mil milhões de dólares de Biden e o recrutamento coercitivo do regime de Kiev

– Os ucranianos estão a fugir do banho de sangue da NATO, não da Rússia

SCF [*]

O saqueio da Ucrânia pelas transnacionais.

Esta semana, o presidente dos EUA, Joe Biden, proclamou a aprovação pelo Congresso de 61 mil milhões de dólares em ajuda militar adicional à Ucrânia como “um bom dia para a paz mundial”. A exaltação de Biden é macabra. A obscenidade é que mais ucranianos serão sacrificados pelo imperialismo ocidental e pelo seu brutal regime neonazi em Kiev.

A narrativa sem noção e cínica dos meios de comunicação ocidentais é que uma Ucrânia democrática e amante da liberdade está a lutar corajosamente contra a agressão russa. Os homens ucranianos estão, segundo este conto de fadas, a lutar corajosamente para defender o seu país e para salvar o resto da Europa da invasão russa.

É por isso que o Congresso dos Estados Unidos aprovou esta semana um projeto de lei para enviar mais 61 mil milhões de dólares de ajuda militar à Ucrânia. O Presidente Biden estava a apelar desesperadamente ao Congresso para que tomasse uma posição com a Ucrânia para derrotar a agressão russa. Os aliados americanos da NATO têm igualmente reiterado o mesmo mantra sem sentido. A maioria das pessoas que vivem fora da câmara de eco dos meios de comunicação ocidentais sabe que esta descrição é uma total treta, para usar um dos bordões favoritos de Biden.

O conflito na Ucrânia é uma guerra por procuração da NATO liderada pelos EUA para derrotar estrategicamente a Rússia. O grande esquema começou a funcionar depois do golpe de Estado patrocinado pela CIA em Kiev, em 2014. O regime de Kiev, liderado por um presidente fantoche judeu vigarista, Vladimir Zelensky, é uma ditadura neonazi. É uma junta corrupta onde a elite, como Zelensky, desviou milhares de milhões de dólares e euros doados pelos governos ocidentais, cortesia dos seus contribuintes involuntários.

Esta semana, vimos a prova de que o reich de Kiev está em ação quando anunciou que iria cortar os serviços consulares para todos os homens ucranianos com idades compreendidas entre os 18 e os 60 anos que residem atualmente no estrangeiro.

Estima-se que, desde a escalada do conflito na Ucrânia, em fevereiro de 2022, cerca de cinco milhões de cidadãos ucranianos tenham fugido para países da União Europeia. Destes, cerca de 20 por cento – um milhão – são homens adultos.O saqueio da Ucrânia pelas transnacionais.

O corte dos serviços consulares a qualquer cidadão pelo seu governo é uma ação drástica sem precedentes. Só isso já deveria alertar os observadores para o facto de o “governo” em questão estar longe de ser normal. Risivelmente, os meios de comunicação ocidentais noticiaram o banimento dos serviços consulares pelo regime de Zelensky como se fosse algo banal. Por outras palavras, encobriram convenientemente o que é uma violação vergonhosa das normas internacionais.

A razão pela qual as embaixadas ucranianas tomaram esta medida foi a de forçar os homens ucranianos no estrangeiro a declarar os seus dados e a registarem-se para uma nova campanha de recrutamento do regime de Kiev.

No início deste mês, o regime de Zelensky aprovou uma lei que confere poderes de mobilização muito mais rigorosos para obrigar os homens ucranianos a alistarem-se nas forças armadas.

A nova lei é profundamente impopular entre o povo ucraniano por boas razões. Os ucranianos estão a ser enviados para a linha da frente para serem massacrados por forças russas muito superiores, numa guerra fútil do lado da NATO.

Calcula-se que 500 000 a 600 000 soldados ucranianos tenham sido mortos em mais de dois anos de combates. Outros milhões ficaram feridos e mutilados. Toda uma geração de homens ucranianos foi destruída a um ritmo semelhante ao de uma carnificina do tipo da Primeira Guerra Mundial.

De acordo com as Nações Unidas, o número de civis mortos no conflito ronda os 10 000. Todas as mortes são lamentáveis, mas o número relativamente baixo de vítimas colaterais é uma prova dos esforços da Rússia para evitar alvos civis. Podemos perguntar-nos, portanto, por que razão milhões de ucranianos saltaram para os seus carros e 4×4 para se estabelecerem na Europa, se não estavam a ser alvo das forças russas. É também notável o facto de a maioria dos ucranianos ter ido procurar segurança na Rússia, mais do que em qualquer outro país da Europa. Lá se vai o facto de a Rússia ser um agressor maléfico.

Zelensky e o seu regime fantoche da NATO afirmam, de forma absurda, que o número de mortos entre os militares ucranianos ronda os 31 000. É claro que o número real, 16 vezes superior, tem de ser negado, caso contrário a propaganda ocidental seria envergonhada pelo banho de sangue que a NATO e o seu regime instigaram.

Se, por uma questão de argumentação, o número impossivelmente mais baixo pudesse ser acreditado, então a questão é saber porque é que o regime de Kiev está tão desesperado para lançar o seu recente recrutamento draconiano. Zelensky falou da necessidade de recrutar até 500 000 novos soldados. Isto é uma admissão implícita de que o número mais elevado de mortos, entre 500 e 600 mil, é de facto exato se for necessário encontrar tantos substitutos.

Quando o regime de Kiev anunciou a sua nova campanha de recrutamento no início deste mês, seguiu-se imediatamente uma corrida de ucranianos às embaixadas em toda a Europa para renovar os seus documentos, como passaportes e cartas de condução. A pressa deveu-se ao facto de não quererem ter de regressar à Ucrânia para renovar os seus documentos, sob pena de serem sujeitos a um recrutamento forçado.

Já há uma miríade de relatos e vídeos (não cobertos pelos meios de comunicação ocidentais, com certeza) de homens ucranianos a serem apanhados nas ruas por rufias do regime de Kiev para o serviço militar. Muitos outros esconderam-se no interior do país. Houve escândalos sobre famílias ucranianas que foram extorquidas por agentes de recrutamento, que lhes pediram milhares de dólares para poupar pais e filhos. Milhares de outros arriscaram as suas vidas tentando atravessar rios a nado para países vizinhos.

O facto de o regime de Kiev estar a tomar a medida extrema de recusar agora os serviços consulares aos seus cidadãos masculinos no estrangeiro é uma prova de quão vingativo e insensível é o regime de Kiev. O objetivo é conseguir até um milhão de recrutas para os campos de extermínio ao longo dos 1 000 quilómetros da linha da frente com a Rússia, no leste do país.

É aqui que a história da propaganda ocidental se torna absurda. Para evitar ser arrastado de volta para a Ucrânia, espera-se que muitos dos que vivem no estrangeiro renunciem à cidadania. Se não tiverem passaportes válidos e não puderem renovar os seus documentos, tornam-se apátridas e ilegais. Isto significa que centenas de milhares de ucranianos terão, necessariamente, de pedir asilo político nos países da União Europeia. Em suma, a sua situação é a de não poderem regressar ao seu país de origem por receio de serem perseguidos.

Não é ridículo? Os Estados Unidos e os seus vassalos europeus doaram até 300 mil milhões de dólares em dinheiro público para apoiar um regime de que fogem os próprios cidadãos, com medo.

O último esbanjamento de 61 mil milhões de dólares por parte dos Estados Unidos não ajudará a Ucrânia a vencer a guerra por procuração orquestrada pela NATO contra a Rússia. A generosidade irá apenas prolongar a agonia da Ucrânia e apoiar o corrupto regime neonazi. Já foram abatidos cerca de meio milhão de soldados ucranianos numa guerra criminosa e fútil em nome dos interesses imperialistas ocidentais. Muitos analistas militares independentes concordam que a falta crítica é de mão-de-obra ucraniana.

Zelensky e os seus capangas estão a tentar extorquir mais corpos para o matadouro. Washington e os seus lacaios europeus estão a alimentar a máquina de matar dos militares que lucram com a caça ao homem do regime de Kiev em busca de nova carne para canhão.

É hediondo e diabólico. É também chocantemente flagrante – a menos que se confie nos media ocidentais para a sua “informação”.

A verdade é que o público ocidental está a apoiar um regime que até os seus cidadãos temem. É um duplo golpe. O Ocidente está a subsidiar um regime que está a matar desnecessariamente o seu povo em vez de se envolver numa diplomacia pacífica com a Rússia para pôr fim a esta guerra.

Além disso, milhões de ucranianos estão a viver em países europeus sem pagar renda, o que coloca uma enorme pressão sobre a habitação e os serviços para os cidadãos europeus. Tudo isto porque o Tio Sam e os cães de guarda europeus estão a promover uma guerra criminosa por procuração.

Os ucranianos não estão a fugir da agressão russa. Estão a fugir do horrível regime parasitário ucraniano e do banho de sangue desencadeado pela NATO.

26/Abril/2024

[*] Strategic Culture Foundation, info@strategic-culture.su

O original encontra-se em strategic-culture.su/news/2024/04/26/biden-61-billion-and-kievs-conscription-crackdown-ukrainians-fleeing-nato-bloodbath-not-russia/

Este editorial encontra-se em resistir.info

micrão, a fazer de napoleão, e as tropas que quer enviar a lutar contra a Rússia na terra dos nazis

Tropas da NATO podem ser destacadas para a Ucrânia? Já lá estão e estão a ser mortas

– As ideias de Macron sobre a ida de tropas terrestres da NATO para a Ucrânia podem ser rejeitadas publicamente, por enquanto.   Mas a dinâmica inexorável da última década indica que em breve a ideia pode muito bem tornar-se realidade.

SCF [*]

Macron em fantasia napoleonica.

O Presidente francês Emmanuel Macron causou furor esta semana ao especular que as tropas da NATO podem acabar por ser enviadas para a Ucrânia. Calma aí. Elas já estão lá há mais de uma década e foi por isso que irrompeu a guerra naquele país dois anos atrás.

Foi cómico – se não mesmo patético – ver o líder francês a falar alto, tentando projetar uma imagem de duro com os seus delírios de grandeza, como se fosse Napoleão ou De Gaulle reencarnado.

Macron estufou o peito de menino e declarou que a Rússia “não deve ganhar a guerra na Ucrânia”. E, para evitar esse presumível desfecho terrível, sugeriu soldados ocidentais recebessem ordens de marcha para entrar no conflito. (Note-se a arrogância desenfreada e como a lógica de tais afirmações falsas não ser sequer remotamente explicada ou justificada. É um diktat total).

Contudo, Imediatamente, os seu homólogos americanos e europeus repeliram a conversa de Macron sobre tropas e apressaram-se a negar o seu apoio à vontade macronesca de posicionar ali batalhões da NATO. Nomeadamente, mesmo os britânicos e polacos, habitualmente mais agressivos, rejeitaram rapidamente a proposta francesa.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, estava particularmente ansioso por repudiar a conversa fiada de Macron sobre tropas. Scholz afirmou que não haveria soldados alemães ou da NATO a irem para a Ucrânia.

O chefe da NATO, Jens Stoltenberg – que geralmente fica excitado com promessas de ajuda militar ilimitada à Ucrânia – também rejeitou publicamente a noção de Macron de despachar tropas para combater na Ucrânia.

Pelo seu lado, a Rússia avisou que qualquer envio de contingentes da NATO para a Ucrânia significaria a inevitabilidade de a guerra por procuração se transformar numa guerra mais vasta. No seu discurso sobre o Estado da Nação, esta semana, o Presidente russo Vladimir Putin sugeriu que o destino de tais contingentes da NATO acabaria por ser semelhante ao do Terceiro Reich e de Napoleão. Putin também advertiu que a escalada do envolvimento direto da NATO em combate correria o risco de incitar a uma conflagração nuclear.

Por um lado, o furor desencadeado por Macron saiu pela culatra ao Presidente francês. A reação de rejeição dos aliados da NATO deixou-o exposto e com um ar de tolo. Mais como um pequeno general de província do que como um homem duro.

No entanto, apesar de Macron poder ter parecido isolado por agora, os seus comentários precipitados apontam para a preocupante dinâmica de escalada da NATO desde o golpe de Estado apoiado pela CIA em Kiev, em 2014.

A NATO tem armado e treinado vigorosamente o regime neonazi que se instalou em Kiev desde 2014. Até Jens Stoltenberg e outros responsáveis da NATO admitiram abertamente esse envolvimento de fundo.

A admissão da presença da NATO na Ucrânia ao longo da última década também corrobora o raciocínio da Rússia sobre a razão pela qual foi obrigada a lançar a sua intervenção militar há dois anos. É claro que as potências ocidentais e os seus media servis nunca chegam a admitir isso. Preferem adotar uma posição de duplo pensamento e hipocrisia, afirmando que a ação militar da Rússia foi uma “agressão não provocada”.

Para já, Macron pode ter sido abatido e ter ficado com a imagem de um palhaço pendurado. Mas, como tantas vezes no passado, ideias controversas da NATO são apresentadas e aparentemente rejeitadas de imediato, para depois serem adoptadas. Como Macron salientou, a Alemanha e outras nações da NATO estavam, há apenas dois anos, relutantes em enviar equipamento militar para além de capacetes e sacos-cama. Agora, essas mesmas entidades enviam tanques de combate e mísseis antiaéreos e estão a debater o envio de armas de longo alcance para atacar profundamente o território russo.

O Presidente dos EUA, Joe Biden, comentou uma vez a inviabilidade de fornecer caças à Ucrânia “porque isso significaria iniciar a Terceira Guerra Mundial”. Bem, Biden acabou por consentir o fornecimento de F-16 e o seu colega da NATO, Stoltenberg, afirma que estes aviões de guerra poderiam ser utilizados para atingir alvos russos profundos.

Por outras palavras, por enquanto as noções de Macron sobre a ida de tropas terrestres da NATO para a Ucrânia podem ser rejeitadas em público. Mas a dinâmica inexorável da última década indica que em breve a ideia pode muito bem tornar-se realidade .

O envolvimento da NATO na Ucrânia é uma cunha estratégica para atacar, enfraquecer e, finalmente, vencer a Rússia. O que começa como uma pequena quantidade cresce inevitavelmente para uma eventualidade maior.

O pessoal militar da NATO já está na Ucrânia e tem estado ali desde pelo menos 2014, quando começaram a treinar as brigadas neonazis para aterrorizar as populações de etnia russa na Crimeia, Donbass e Novorossiya.

Muitos destes soldados são posicionados não oficialmente como mercenários ou ostensivamente como elementos de segurança para diplomatas da NATO.

Numerosos relatos atestam a presença de tropas da NATO na Ucrânia, de uma forma ou de outra.

Um ataque aéreo russo perto de Kharkov, em janeiro, matou pelo menos 60 militares franceses que confirmadamente trabalhavam como contratados privados. Outros relatos mencionam cerca de 50 militares americanos mortos em combate na Ucrânia.

Estima-se que cerca de 20 000 militares estrangeiros se tenham juntado aos chamados “legionários internacionais” que combatem ao lado do regime de Kiev contra as forças russas. É justo supor que a maioria destes soldados da fortuna são tropas da NATO temporariamente “retiradas de serviço”.

Esta semana, Scholz, da Alemanha, deixou o gato escapar do saco quando disse que se opunha ao envio para a Ucrânia de mísseis Taurus de longo alcance, porque isso significaria o envio de tropas alemãs para ajudar a operar as armas. Scholz expressou-se mal ao revelar, inadvertidamente, que os britânicos e os franceses já tinham enviado forças especiais para ajudar com os seus sistemas de mísseis, o Storm Shadow e o Scalp, respetivamente.

O mesmo se pode dizer dos sistemas de artilharia HIMARS e Patriot, fornecidos pelos americanos, que têm sido utilizados para atingir centros civis em Donetsk e noutras cidades russas. Não é possível que os soldados ucranianos estejam a operar estas armas sofisticadas sem a assistência de tropas americanas no terreno.

Sabe-se também que as forças americanas, britânicas e outras da NATO estão a providenciar vigilância e logística para permitir ataques ucranianos no Mar Negro contra navios e bases da marinha russa na Crimeia.

Como disse esta semana ao Financial Times um oficial de defesa europeu não identificado, em reação ao alvoroço causado pelos comentários de Macron sobre as tropas:   “Toda a gente sabe que há forças especiais ocidentais na Ucrânia – apenas não o reconheceram oficialmente”.

Tendo em conta o armamento ofensivo que a NATO introduziu na Ucrânia (no valor de 100 a 200 mil milhões de dólares) para atacar a Rússia, bem como os milhares de soldados destacados pelos países da NATO, é bastante académico especular sobre o futuro destacamento de forças terrestres. O facto é que a NATO já está em guerra com a Rússia.

Estamos realmente a falar de uma diferença de grau relativamente pequena. É isso que torna a situação tão perigosa e abissal. A Rússia tem razão em chamar a atenção para o perigo iminente de este conflito se transformar numa catástrofe nuclear para todo o planeta. No entanto, lamentavelmente, quando o Presidente russo mais uma vez advertiu deste perigo nesta semana, os regimes e os media ocidentais acusaram imediatamente Putin de “ameaças nucleares”.

O único obstáculo que impede a catástrofe planetária é o formidável arsenal nuclear e hipersónico da Rússia, que a cabala imperial ocidental sabe que não pode ultrapassar. Na verdade, os belicistas ocidentais são os mais vulneráveis.

É uma vergonha eterna para os chamados líderes ocidentais o facto de estarem a empurrar o mundo para a beira do abismo com a sua arrogância e desrespeito por quaisquer leis. O seu problema, como Putin salientou, é que estes degenerados fantoches ocidentais não têm humanidade ou experiência pessoal de sofrimento e portanto não têm empatia. Eles são psicopatas e sociopatas, condenados pelos seus sistemas políticos falhados, e são levados a iniciar guerras como forma de tentarem salvar as suas insignificantes e patéticas carreiras.

01/Março/2024

[*] Strategic Culture Foundation.

O original encontra-se em strategic-culture.su/news/2024/03/01/nato-troops-might-deploy-to-ukraine-theyre-already-there-and-getting-killed/

Este editorial encontra-se em resistir.info

o estado do conflito bélico da nato x Rússia e a 3ª guerra mundial

Global Research

O segredo mais mal guardado desta guerra por procuração é que já é uma guerra quente entre a OTAN e a Rússia, mas uma guerra não declarada e limitada, onde ambos os lados ainda cumprem “regras de combate” informais.

A insinuação do chanceler alemão Scholz de que a França e o Reino Unido enviaram clandestinamente tropas para a Ucrânia para ajudar no “controlo de alvos” contra as forças russas provocou uma dura reacção dos britânicos , mas o seu lapso de língua simplesmente derramou o feijão sobre o pior estado desta guerra por procuração. segredo. Nenhum observador honesto acreditou nas negações anteriores sobre as tropas ocidentais naquele país, uma vez que os seus homólogos ucranianos não poderiam ser treinados de forma realista para operar tais armas modernas em tão pouco tempo.

Sua revelação inadvertida, que foi compartilhada para explicar por que a Alemanha não enviará mísseis Taurus de longo alcance para aquele país, uma vez que não quer seguir o exemplo dos outros, enviando tropas clandestinamente para lá, veio logo após a afirmação igualmente escandalosa do presidente francês Macron. . Ele disse que os países da OTAN debateram se deveriam intervir convencionalmente na Ucrânia quando muitos dos seus líderes se reuniram em Paris na segunda-feira, embora nenhum consenso tenha sido alcançado sobre esta questão ultra-sensível.

Embora praticamente todos os seus pares negassem que algo do tipo tivesse sido discutido, o Financial Times citou então um alto funcionário europeu da defesa anónimo que confirmou sem rodeios que “Todos sabem que existem forças especiais ocidentais na Ucrânia – apenas não o reconheceram oficialmente. .” Tais alegações foram até então rejeitadas como “teorias da conspiração russas”, mas agora previsivelmente revelaram-se declarações de “factos conspiratórios”, para surpresa apenas dos observadores mais desonestos e ingénuos.

OTAN enviará força para a Ucrânia ?

conflito ucraniano sempre foi uma guerra por procuração da OTAN contra a Rússia, travada por meios híbridos através daquela antiga República Soviética, com este último desenvolvimento a remover qualquer “negação plausível” sobre isso, depois das palavras que acabaram de sair da boca do representante de facto da UE. líder . Isto leva a uma reavaliação da forma como o dilema de segurança sem precedentes entre a OTAN e a Rússia tem sido gerido até agora.

O presidente Putin disse o seguinte em 24 de fevereiro de 2022 sobre aqueles que gostariam de interferir na operação especial:

“Não importa quem tente ficar no nosso caminho ou, ainda mais, criar ameaças ao nosso país e ao nosso povo, eles devem saber que a Rússia responderá imediatamente e as consequências serão tais como nunca se viu em toda a sua história. Não importa como os eventos se desenrolem, estamos prontos. Todas as decisões necessárias a este respeito foram tomadas. Espero que minhas palavras sejam ouvidas.”

Em retrospectiva, o seu aviso que visava dissuadir uma intervenção convencional da NATO na Ucrânia, do tipo que Macron agora diz, está a ser debatido (embora num contexto militar-estratégico completamente diferente) e, portanto, teve sucesso nesse aspecto. Sabiamente, não querendo arriscar a Terceira Guerra Mundial por erros de cálculo, o Ocidente interveio clandestinamente através dos seus serviços de inteligência, forças especiais e “mercenários” (alguns dos quais são presumivelmente militares “de licença” enquanto lá “se voluntariam”).

O Kremlin esteve ciente disto o tempo todo, mas aparentemente concluiu que não constitui uma ultrapassagem da sua linha vermelha, embora isso não signifique que tenha ficado de braços cruzados enquanto isto acontecia. Em vez disso, alguns dos seus ataques com mísseis de precisão contra alvos militares e formações “mercenárias” como a da França no final de Janeiro foram respostas contra aqueles que não deram ouvidos ao aviso do Presidente Putin para não interferirem. Para gerir o dilema de segurança, a Rússia não revelou que alguns dos falecidos eram soldados ocidentais.

As notícias sobre as suas verdadeiras identidades inevitavelmente vazaram para as redes sociais e, particularmente, para os canais de blogueiros militares russos, mas nem Moscovo nem o Ocidente alguma vez confirmaram oficialmente a sua veracidade. No entanto, observadores honestos assumiram que lhes havia alguma credibilidade pela razão anteriormente mencionada, relacionada com a dificuldade de treinar ucranianos para operar armas tão modernas em tão pouco tempo. Quanto aos “mercenários”, estes destinavam-se a compensar o moedor de carne e intimidar novos recrutas.

O segredo mais mal guardado desta guerra por procuração é que já é uma guerra quente entre a OTAN e a Rússia, mas uma guerra não declarada e limitada, onde ambos os lados ainda cumprem “regras de combate” informais. Embora tropas britânicas, francesas e, presumivelmente, também norte-americanas e outras tropas ocidentais – algumas das quais estão ali destacadas como “mercenários” – ajudem a Ucrânia a atacar a Rússia, o seu alvo absteve-se de retaliar dentro da NATO. Ambos os lados também concordaram tacitamente em não confirmar a presença de tropas ocidentais na Ucrânia até que Scholz, desajeitadamente, revelasse tudo.

Isto sugere que a OTAN sabe que a Rússia poderia sentir-se pressionada a recorrer à ousadia nuclear se o bloco se vangloriasse do que as suas tropas estão a fazer na Ucrânia, mas como até agora têm agido com calma, a Rússia não sinalizou qualquer intenção de testar o Artigo 5. Isto, por sua vez, desacredita as alegações de que a Rússia nutre intenções agressivas contra a OTAN, uma vez que nem sequer aceitará publicamente o cenário acima mencionado em autodefesa, apesar das tropas da OTAN na Ucrânia serem responsáveis ​​pela morte das suas próprias tropas e até mesmo dos seus civis.

O dilema de segurança sem precedentes entre a OTAN e a Rússia é, portanto, gerido pela OTAN que se abstém de uma intervenção convencional em grande escala, que a Rússia não retalia dentro da OTAN após os ataques ucranianos facilitados pelo Ocidente contra as suas tropas e civis, e que também não confirma a presença de tropas ocidentais naquele país. Estas “regras de combate” informais mantêm a sua guerra quente não declarada limitada, embora a Terceira Guerra Mundial possa sempre eclodir acidentalmente, daí a necessidade de congelar rapidamente este conflito , a fim de reduzir esse risco.

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Este artigo foi publicado originalmente no  boletim informativo de Andrew Korybko .

Andrew Korybko é um analista político americano baseado em Moscovo, especializado na relação entre a estratégia dos EUA na Afro-Eurásia, a visão global da China One Belt One Road de conectividade da Nova Rota da Seda e a Guerra Híbrida. Ele é um colaborador frequente da Global Research.

a entrevista de que se fala e algumas das suas repercussões

Vídeo completo com a entrevista de tucker carlson a V. Putin traduzida para castelhano:

AQUI

Sobre as repercussões de tal entrevista:

AQUI01

O ocidente dominado pela nato/eeuu está a reaccionar ao pecado do comentador norte-americano que teve a coragem de ir à Rússia para conversar, ao seu estilo, com o seu presidente. Habituados a imporem a sua narrativa única e totalitária, agora os pseudo-políticos do atlântico, estão em pânico face à possibilidade de outras informações, agora verídicas, chegarem ao público. E movem-se no sentido de fazerem desaparecer o facto e o seu autor. Tarde demais. 

Completa-se assim a transcrição parcial apresentada em texto anterior.

oxisdaquestão, 10.02.2024

ingleses e finlandeses metidos com a Rússia

Sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Sobre peixe e batatas fritas.

No Daily Mail soa o alarme. 

Um dos pratos favoritos da Grã-Bretanha está ameaçado em meio a um plano do Kremlin para revogar um acordo de décadas que permitia que navios britânicos pescassem nas águas russas do Ártico. Os navios britânicos foram autorizados a pescar ao longo da costa da Península Russa de Kola, no Mar de Barents e a leste do Cabo Kanin Nos, durante quase 70 anos – mesmo no auge da Guerra Fria. Uma enorme quantidade de bacalhau e arinca vendida em lojas de peixe e batatas fritas em todo o país é tradicionalmente proveniente destas águas – de acordo com dados da UK Fisheries, só no ano passado foram capturadas 566.784 toneladas de bacalhau no Mar de Barents. Mas agora diz-se que Vladimir Putin declarou guerra à pesca ao Reino Unido, com o seu governo a apoiar um projecto de legislação que levaria a Rússia a retirar-se do acordo de 1956 e a proibir a Grã-Bretanha de retirar o seu venerado abastecimento de bacalhau e arinca. Isto surge em resposta à decisão da Grã-Bretanha de impor sanções a Moscovo  devido à guerra na Ucrânia, e pode significar que navios de guerra da marinha russa sejam usados ​​para alertar os navios do Reino Unido.

Eles estão errados, o Daily Mail, quero dizer. Não é uma guerra, é apenas um lembrete às pessoas erradas para não mexerem com a Rússia, afinal é uma Zona Económica Exclusiva da Rússia. 

Aqui está a área do cabo Kanin Nos até a Ilha Kolguyev. É uma área de pesca de bacalhau suculenta, MAS… Os russos aprenderam, sobretudo desde os tempos soviéticos, que ser simpático e diplomático com o Ocidente não compensa. Então, como escreveu um comentarista (comentário com maior votação, aliás):

Porque é que a Rússia permitiria que os arrastões britânicos entrassem nas suas águas, considerando a quantidade de dinheiro e armas que o Reino Unido envia à Ucrânia? Estou surpreso que eles não os tenham banido antes.

Exatamente! O Ocidente só compreende o poder bruto e a Rússia, para espanto dos idiotas que agitam o ar em Davos, tem bastante disso.

Veja, é como a situação com a Finlândia.

A Rússia não representa nenhuma ameaça militar iminente para a Finlândia, disse a ministra das Relações Exteriores do país nórdico, Elina Valtonen. O diplomata, no entanto, insistiu que a decisão de Helsínquia de aderir à NATO em 2022 era justificada, acusando Moscovo de usar tácticas de guerra híbrida para “tornar a vida mais difícil para nós”. A Finlândia, que durante décadas foi neutra, anunciou os seus planos de aderir ao bloco militar liderado pelos EUA poucos meses depois de a Rússia ter lançado a sua operação militar contra a Ucrânia em Fevereiro de 2022. Depois de cumprir as pré-condições da Turquia, Ancara levantou o seu veto inicial, com a Finlândia a tornar-se um Estado-Membro em Abril de 2023. A Rússia descreveu a acção do seu vizinho como equivocada, argumentando que os dois países tinham anteriormente desfrutado de boas relações.

Pobre, pobre querida, ela não entendeu completamente. A Rússia não representava qualquer ameaça para a Finlândia até a Finlândia aderir à NATO, e o que ela não compreende é que agora é a Finlândia quem representa uma ameaça para a Rússia. E essa é uma configuração diferente. Os finlandeses poderiam ter continuado a desfrutar de viagens de compras a São Petersburgo, gasolina barata, boa comida e os russos oferecendo de bom grado o seu enorme mercado aos produtos finlandeses. Cara, eles estragaram tudo sozinhos. E isto é apenas o início ( aquecimento ): a Finlândia está agora prestes a tornar-se pobre (tal como a maior parte da Europa).

Considerando que a população da Finlândia é menor do que a população de São Petersburgo propriamente dita, pode-se inferir ( relacionar uma ) a escala de catástrofe que se abateu sobre a Finlândia. Pietari (São Petersburgo em finlandês) por si só era um mercado maior que o da Finlândia e estava perto! O transporte era fácil e relativamente barato. Não mais. Bem, os finlandeses queriam isso e a Rússia nada pode fazer a respeito da vontade do povo finlandês. O que ela pode fazer, porém, é cortar o seu mercado aos produtos finlandeses, da mesma forma que a Rússia se prepara para “atacar” o peixe com batatas fritas. Você sabe, essa coisa: eu costumava ser uma coisa tão doce , até que eles me pegaram (c) .

Então, isso resume muito bem.

Tradução automática google.

como a nato planeia prolongar a guerra que a ucrânia está em vias de perder

SIMPLICIUS SITREP 25/11/23:

Grandes avanços de Avdeevka enquanto a OTAN planeja uma guerra para sempre

Começa a surgir uma imagem da direcção geral para a qual as elites querem empurrar a Europa na próxima década.
É preciso pensar nas fases geopolíticas da mesma forma que nas estruturas de defesa táctica. Há uma linha de defesa de primeiro escalão, depois um segundo atrás dela, que já está em preparação mesmo quando começam a aparecer indícios do colapso da primeira linha.
Da mesma forma, as elites do establishment dos EUA vêem o que está escrito na parede da guerra ucraniana e já estão a iniciar as fases de planeamento da segunda fase do conflito mais amplo para enfraquecer perpetuamente a Rússia – ou como lhe chamam na sua Novilíngua, “contê-la”.

”O indicador foi o mais recente anúncio de que a NATO pretende criar uma zona militar Schengen na Europa, que permitiria a todos os exércitos europeus circular livremente entre países, realocando grandes grupos de tropas em tempo recorde, sem burocracia e sem espera:O chefe de logística europeu da OTAN, tenente-general Alexander Sollfrank, apelou às nações europeias para facilitarem as regulamentações a nível nacional para permitir a rápida movimentação de tropas, equipamento e munições no caso de uma guerra com a Rússia.

A Rússia foi forçada a responder, com Peskov emitindo uma declaração padronizada sobre isso, dizendo que vai levar a escaladas .Mas a dinâmica foi melhor capturada por esta postagem da analista Starshe Edda. Leia isto primeiro antes de prosseguir, pois concordo totalmente com a direção desta análise:
Mesmo a admissão da Ucrânia na NATO não pode mudar nada. Se a NATO quisesse combater directamente a Rússia na Ucrânia, já teria lutado. A guerra continuará até que a Rússia vença. Ao mesmo tempo, penso que a intensidade da guerra aumentará. A Rússia não será capaz de parar esta guerra sem alcançar os seus objectivos.Se falarmos da compreensão que a Europa tem da guerra, vemos aqui duas tendências principais. A OTAN confia abertamente na “barreira sanitária” como bucha de canhão – dada a acumulação de exércitos da Europa Oriental, principalmente polacos, e na verdade deixa o papel de forças de reserva e de apoio aos exércitos da Europa Ocidental. 
A razão é simples: a construção de forças armadas pelos países da Europa Ocidental no seu estado económico actual revelar-se-á brilhante e exigirá muito tempo. Acontece que é mais fácil apoiar o crescimento da Polónia, da Roménia, da Finlândia e de outros intervenientes mais pequenos nestas condições.A ideia de “Schengen militar”, isto é, um plano para simplificar o transporte militar na Europa, deve ser vista através do mesmo prisma.
Para que a barreira cumpra a sua tarefa, necessitará de apoio – e aqui a NATO necessita de ter um mecanismo de funcionamento para esse apoio, não dependente do notório artigo quinto, no âmbito do qual ainda não está claro como alguém se comportará em as condições de um possível conflito direto com a Rússia.
Logicamente, o sistema reconstruído deveria ser assim: os exércitos da Polónia e de outros países da Europa Oriental, destacados para além dos limites imagináveis ​​para as suas economias, recebendo carga e apoio de contingentes limitados do Ocidente, transferidos no âmbito do “Schengen militar”. E tudo isso é controlado por um general americano.
Onde neste desígnio está a UE e a ideia do Euroexército? Em nenhum lugar, a UE não é necessária, inclusive para os americanos e os seus protegidos na NATO. O exército ucraniano já não avança, ficou na defensiva e ao longo de toda a frente, – ex-Vice-Ministro da Defesa da Ucrânia

Em suma, esta é a lenta conversão da frente russofóbica oriental da Europa numa espécie de vanguarda bucha de canhão a ser perpetuamente esmagada contra a Rússia de forma sequencial, após a queda da Ucrânia. O que o conflito ucraniano ensinou aos controladores da OTAN e aos seus mestres dos EUA é que os países com um conjunto decente de capital humano podem ser convertidos num exército de forragem janízaro, equipando-os e financiando-os incessantemente a partir da fonte do “inesgotável” banco central da Europa e da moeda fiduciária.

A estratégia combina o melhor de dois mundos: capital humano do terceiro mundo com financiamento europeu imprimível a pedido para produzir um exército dispensável que pode ser armado com armas bastante modernas e sofisticadas, para sangrar a Rússia indefinidamente.

Mas há dois lados nisso. Em primeiro lugar, poderá hesitar que isto seja irrealista, já que a Europa parece estar próxima da falência neste momento. Mas, por outro lado, é preciso lembrar que este é um plano de longo prazo. Ao longo dos próximos anos, eles poderão certamente angariar dinheiro suficiente para continuar a armar os vassalos “próximos na linha”, como a Polónia, os países bálticos, a Finlândia, etc.”

Ler o texto completo, AQUI

o fracasso da contra-ofensiva nazi estava anunciado: o cómico que se cuide, vai ser descartado sem poder piar

Uma contraofensiva condenada ao fracasso

Major-General Carlos Branco [*]

Arte de rua na UE.

Procuraremos nas linhas que se seguem explicar os motivos do fracasso da contraofensiva ucraniana iniciada a 4 de junho de 2023, e ainda sem fim à vista, sem prejuízo de um trabalho de maior envergadura a ser efetuado sobre o tema. Contrariando o otimismo desmesurado criado por uma campanha de Comunicação Estratégica muito bem orquestrada, era claro para especialistas informados que aquela contraofensiva estava desde o início condenada ao insucesso.

A campanha de (des)informação montada à sua volta criou artificialmente a esperança de ser possível a vitória da Ucrânia, e influenciou indubitavelmente os decisores políticos norte-americanos e europeus fazendo-os acreditar na certeza de algo irrealizável, tornando-os vítimas da sua própria propaganda.

O General David Petraeus dizia convictamente que “esta contraofensiva vai ser impressionante!” Recordo-me como era difícil há três meses dizer na comunicação social nacional que o rei ia nu. Ninguém queria ver o óbvio.

Ao contrário dos seus promotores, Kiev estava ciente de que não se encontrava ainda preparada para um embate com as forças russas de tamanha envergadura: faltava-lhe o equipamento, o treino e as munições. A sua dependência do exterior era total, um elemento exógeno que não conseguia controlar. Mas a pressão era grande e foi obrigada a ceder. Contra a sua vontade, Kiev foi empurrada para o abismo. Isso ficou claro logo no início da operação.

As forças ucranianas tinham agora a espinhosa tarefa de romper as linhas defensivas russas, penetrar na profundidade do seu dispositivo fortemente preparado e simultaneamente destruir as forças russas. Tarefas ciclópicas. As forças ucranianas dependiam do poder de choque proporcionado pelas suas forças blindadas, para ultrapassar essas forças sem se empenharem em batalhas sangrentas e prolongadas. Isso ficaria para os segundos escalões. O objetivo era desconjuntar o dispositivo russo e com o seu escalão avançado chegar rapidamente ao Mar de Azov.

Passados três meses de contraofensiva, as forças ucranianas não conseguiram ir além da designada “zona cinzenta,” a faixa de terreno à frente da primeira linha da defesa russa. O objeto político a ser atingido com esta ofensiva não passa agora de uma amarga miragem. Como foi possível tanta gente acreditar numa vitória inverosímil?!

O treino

Uma vez perdido o fator surpresa, para conseguir o seu intento, as forças ucranianas teriam de realizar um ataque deliberado com um elevado poder de choque orientado para o ponto mais fraco do inimigo. Este tipo de operações é complexo e exige uma elevada preparação e treino que as forças ucranianas não tinham.

Referimo-nos principalmente ao treino coletivo e operacional de grandes unidades táticas (brigada e divisão). Para além de lhes faltar experiência de combate, as unidades ucranianas não tinham sido preparadas para combater a esses escalões, decisivos para se vencer. Para obter efeitos, esse treino teria de ter sido feito na Ucrânia e não no exterior, sobretudo quando nos referirmos às unidades blindadas, cruciais nesta manobra que os ucranianos pretendiam realizar.

Ao contrário das explicações que têm sido dadas, a formação no exterior não trouxe benefícios visíveis. Para além das dificuldades linguísticas e dos métodos de treino diferentes de país para país, muitos dos instrutores não estavam familiarizados com o armamento ucraniano, não tinham experiência de combate nem conheciam suficientemente a guerra que se estava a travar na Ucrânia. A última vez que os exércitos ocidentais travaram uma guerra convencional foi no Iraque, em 2003. Por outro lado, a utilização intensiva de drones veio revolucionar a tática condicionando a importância até então atribuída aos carros de combate. Eram desenvolvimentos táticos que eles não tinham vivenciado.

Na maioria dos casos, o treino no estrangeiro limitou-se ao treino individual, sem incorporar a componente tática ao nível batalhão e brigada. Por isso, não será de estranhar que numa operação onde era preciso aplicar elevada energia num ponto do dispositivo inimigo, o que se consegue empregando unidades táticas de elevados escalões, as forças ucranianas se limitassem a empregar unidades de baixo escalão, contrariando assim tudo o que se deve fazer neste tipo de operações.

Foram constituídos para esta operação dois Corpos de Exército no total de 12 brigadas, nove das quais equipadas com armamento fornecido por países da NATO e com um treino de duração entre 4 e 6 semanas, feito em países da Aliança. Muitos dos 36 mil soldados dessas nove brigadas eram recrutas sem experiência militar. Apenas 11 % dos 20 mil soldados ucranianos treinados no Reino Unido, desde o início da guerra, tinham alguma experiência.

Não se forma um combatente em seis semanas. Fica apenas apetrechado com os rudimentos para sobreviver no campo de batalha, aprende as ferramentas táticas para combater integrando unidades de baixo escalão (secção, pelotão e com muita vontade companhia), mas não fica habilitado para combater integrando unidades de escalão elevado. Por outro lado, o treino não se deve limitar aos soldados, tem de se alargar aos oficiais e à aprendizagem das técnicas de Estado-Maior, domínio onde se verificou ausência de atenção, como se a arte da guerra fosse matéria despiciente.

Os recursos

Os ucranianos envolveram-se nesta contenda numa situação de inferioridade de meios, ao contrário do que seria desejável e necessário. Embora seja difícil precisar com rigor o efetivo de cada um dos lados em confronto, não andaremos muito longe da verdade se dissermos que os dois contingentes se equivaliam em efetivos. Estimo que cada lado teria aproximadamente 250 mil soldados, o que à partida representava uma vulnerabilidade para o lado ucraniano, uma vez que a força atacante terá de ter, pelo menos, o triplo do efetivo da que defende.

Em matéria do equipamento à disposição de cada um dos lados, a Rússia tinha também vantagem. Em artilharia e munições estima-se que a relação fosse de 5:1 favorável às forças russas. Podemos ainda incluir na artilharia uma diversidade de equipamentos e de munições de que a Ucrânia não dispunha como, por exemplo, os poderosos flamethrowers (TOS-1).

Não ter vantagem em artilharia até poderia não ser determinante para levar a cabo este tipo de operação. A artilharia faz a diferença numa guerra de atrição, mas não necessariamente numa blitzkrieg. A Ucrânia tem artilharia suficiente para apoiar com fogos uma rotura inicial no dispositivo inimigo, mas não para apoiar o alargamento da penetração, onde a artilharia perde importância, passando a ser indispensável e determinante o apoio aéreo próximo que a Ucrânia não dispõe.

As forças russas não só tinham superioridade aérea como dispunham de uma considerável frota de helicópteros, entre os quais se destacam os Ka-52 equipados com misseis anticarro, que lhe permite destruir carros de combate até 15 km em quaisquer condições de visibilidade, o que tem provocado bastante dano nas viaturas blindadas ucranianas. Podemos ainda acrescentar a considerável superioridade em drones, independentemente do tipo, que a Rússia dispõe neste momento.

No que respeita a carros de combate e a viaturas blindadas de infantaria, as forças russas dispunham também de uma vantagem considerável, tanto em qualidade como em quantidade. O material fornecido pela ajuda externa à Ucrânia, fundamentalmente os carros de combate e os veículos blindados, apesar de generosa, não era suficiente para fazer face às necessidades. A grande variedade de equipamentos criou graves problemas de interoperabilidade e manutenção difíceis para não dizer impossíveis de superar. Para além disso, as forças ucranianas também tinham escassez de outros tipos de equipamentos cruciais para prevalecer neste tipo de operações, como seja material de desminagem e outros equipamentos de engenharia.

A tática

A surpresa, uma das vantagens do atacante, estava comprometida desde o início, não fosse a imensa proliferação de equipamentos de vigilância do campo de batalha que torna quase impossível esconder grandes concentrações de forças. Era impossível esconder a localização do ataque principal ucraniano e foi aí que os russos os foram esperar respaldados numa forte preparação do terreno, conhecida como linha Surovikin. Das três direções de ataque, o ataque principal deu-se, como esperado, na região de Orikhiv na direção de Melitopol.

A imensa panóplia de viaturas com capacidades e características diferentes tornava a sua utilização tática de forma coerente. Não era fácil empregar taticamente esta macedónia de viaturas. As viaturas MRAP (Mine-Resistant Ambush Protected) de elevada silhueta concebidas para outro tipo de combates tornaram-se presas fáceis para os helicópteros KA-52 russos. Não é de surpreender que as forças ucranianas tenham perdido cerca de 20% do armamento nas duas primeiras semanas da contraofensiva, nos quais se incluem um significativo número de carros de combate e veículos blindados fornecidos pela ajuda externa.

A reduzida profundidade do terreno controlado pelas forças de Moscovo limitou a escolha do tipo de defesa a adotar. Tiveram de optar por uma defesa avançada, dando batalha à frente da primeira linha defensiva, na designada zona de segurança, desgastando as unidades ucranianas antes de alcançarem a primeira linha de fortificações, ou até impedir que as atingissem.

Perante a avassaladora destruição de viaturas blindadas, Kiev desistiu de levar por diante uma blitzkrieg. Optou por deixar as suas viaturas blindadas à retaguarda para não serem destruídas e lançou a sua infantaria apeada sobre as trincheiras inimigas num terreno sem cobertos e abrigos e com observação às longas distâncias, à mercê da artilharia e dos drones russos.

Perante os factos apresentados, não extensivamente, não é difícil concluir que as forças ucranianas se encontram numa situação extremamente delicada, como era expectável. Não podemos deixar de estranhar que perante estes factos conhecidos por todos, alguém possa esperar que as forças ucranianas alguma vez pudessem repelir os contingentes russos do seu território. Só uma avaliação muito errada das capacidades das forças russas poderia justificar tal expetativa.

Novamente vítimas da sua própria propaganda, os líderes e as opiniões públicas europeias caíram no logro de acreditar que os russos iam debandar e a vitória ucraniana seria um passeio no parque.

Como foi possível, perante tudo isto, pressionar Kiev a avançar e a mandar os seus filhos para o “picador de carne”, vendendo às opiniões públicas que era possível uma vitória? Mais sinistro ainda é sermos confrontados com alguns “especialistas”, que depois de estar na cara que as tropas ucranianas vão ser derrotadas, ainda continuam a tentar iludir as suas audiências com cantos de sereias.

04/Outubro/2023

[*] Major-General (R).

O original encontra-se em Jornal Económico e em estatuadesal.com/2023/10/05/uma-contraofensiva-condenada-ao-fracasso/

Este artigo encontra-se em resistir.info

a ucrânia ainda joga em 2 frentes embora a sua ofensiva seja um desastre

SITREP 30/06/23:

Os ventos aumentam antes da Cúpula da OTAN

SIMPLICIUS, O PENSADOR 1 DE JULHO
 
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Bem, houve um pouco de calmaria como uma crise pós-maníaca após os eventos da Revolta de Prigozhin. Em parte, isso se deve ao que a imprensa ocidental afirma ser o mau tempo nas linhas de frente nesta semana, o que dificultou novas tentativas ucranianas de fazer novos avanços. Eles os fizeram em surtos que foram principalmente rejeitados com grandes perdas, como sempre.

Em retrospectiva, até agora a maioria das minhas previsões sobre a ‘ofensiva’ foram bastante precisas. Alguns meses atrás, quando me senti confortável com meu sentimento pelas verdadeiras disposições e condições das tropas da AFU, eu disse que muito provavelmente não haverá nenhuma ofensiva verdadeira, nem eles alcançarão qualquer tipo de avanço. Isso ocorreu enquanto outras personalidades da esfera russa, compreensivelmente, condicionavam seu público a pelo menos grandes avanços até o segundo ou terceiro escalões. Acabei concluindo que não haverá ofensiva real porque eles vão cancelar depois de serem destruídos e alegar que tudo foi apenas ‘sondagem’ o tempo todo.

Agora, como esperado, eles estão mudando a narrativa para a necessidade de uma força aérea. Não apenas postei a entrevista de Arestovich recentemente, onde ele ridicularizou a hipocrisia da OTAN por esperar que a Ucrânia fizesse grandes avanços sem cobertura aérea, contrariando as próprias doutrinas da OTAN, mas agora uma nova entrevista com o ressurgido Zaluzhny ecoa os mesmos sentimentos:

O Comandante-em-Chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Zaluzhny, reclamou em entrevista ao The Washington Post, dizendo que os parceiros ocidentais os estão impulsionando para ataques de carne, sem dar aviação e suprimentos:

“…Os aliados ocidentais esperam sucessos rápidos, embora eles próprios nunca começariam sem superioridade aérea – enquanto a Ucrânia não recebeu caças modernos.”

Mas como a obtenção de caças não é realista no futuro próximo, o diálogo também está mudando para negociações. A emissora alemã ARD afirmou que uma reunião internacional secreta sobre a Ucrânia foi realizada em Copenhague dias atrás, em 24 de junho, onde diplomatas de vários países ocidentais se reuniram com representantes dos BRICs em um esforço para descobrir uma maneira de convencer a Rússia sobre como resolver o conflito pacificamente. . A ARD conclui que as negociações oficiais para a resolução do conflito podem ocorrer já em julho:

As negociações oficiais sobre a resolução do conflito na Ucrânia podem ocorrer já em julho, informou o canal de TV ARD.

Segundo ele, uma reunião internacional sobre a Ucrânia foi realizada em Copenhague no dia 24 de junho “no mais absoluto sigilo” com a participação de diplomatas de países ocidentais, além de representantes do Brasil, Índia, China e África do Sul.

O canal de TV observou que o objetivo do Ocidente era obter o apoio desses países do BRICS, que ainda permanecem neutros na situação em torno da Ucrânia. As conversações foram realizadas por iniciativa de Kiev ️ ️ ️

As negociações oficiais para resolver o conflito ucraniano começarão no próximo mês, segundo o canal de TV alemão ARD.

Particular atenção neste contexto é dada à participação dos países do BRICS, que até agora permaneceram neutros em relação à situação na Ucrânia. É relatado que um dos principais objetivos do Ocidente nesta reunião era obter apoio desses países.

Segundo o canal de TV ARD, as negociações foram iniciadas por Kiev. Isso dá alguma esperança de progresso na resolução da questão ucraniana, porque as negociações oficiais entre as partes podem ocorrer já em julho.

No momento, os detalhes das próximas negociações e o momento específico de sua participação permanecem desconhecidos. No entanto, aparentemente, ambos os lados estão demonstrando disposição para um diálogo produtivo e desejo de encontrar maneiras de resolver as contradições que existem entre eles.

para onde vai a ucrânia nazi nas mãos da nato ?

Para onde vai a ucrânia nas mãos da nato que são os estados unidos mais os seus vassalos europeus que entendem poder saquear a Rússia como fizeram com o Iraque, a Líbia e a Síria ?

Encontro no Kremlin com correspondentes de guerra, entrevista de Vladimir Putin, 16/Jun/2023

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A derrocada de Kiev

Thierry Meyssan [*]

Ucrânia: Cemitério de armas ocidentais.

A sorte das armas decidiu. O momento da verdade falou. A contra-ofensiva ucraniana falhou miseravelmente. O considerável armamento da OTAN não serviu para nada. O campo de batalha está juncado de cadáveres. Para nada. Os territórios que aderiram por referendo à Federação da Rússia permanecerão russos. Este “xeque-mate” não marca simplesmente o fim da Ucrânia como a conhecemos, mas da dominação ocidental que tinha apostado nas suas mentiras. O mundo multipolar poderá nascer este Verão por ocasião de várias cimeiras internacionais. Uma nova maneira de pensar na qual a força não fará mais lei.

Este artigo foi redigido em 10 de junho. Nessa altura, as únicas informações disponíveis emanavam da Rússia e dos Estados-Maiores aliados. A Ucrânia havia decretado um embargo total quanto à sua contra-ofensiva. Teríamos pois que esperar antes de publicar este texto. Entretanto, pensamos que se a Ucrânia tivesse podido romper a primeira linha de defesa russa, mesmo sem chegar a expandir-se na brecha, ela tê-lo-ia anunciado. É, pois, neste contexto que publicamos esta análise.

Em seis dias, de 4 a 10 de Junho de 2023, o Exército ucraniano lançou a sua contra-ofensiva e sofreu uma tremenda derrota.

Durante o Verão, as Forças russas construiram duas linhas de defesa na parte da Novorossia que libertaram e no Donbass. Estas impediam a passagem de quaisquer blindados.

As Forças ucranianas escolheram uma dúzia de pontos de ataque para retomar o território «ocupado pelo inimigo». Mas, os seus blindados não puderam ultrapassar a primeira linha de defesa russa e se acumularam diante desta onde foram destruídos um a um pela artilharia russa e pelos drones suicidas.

Simultaneamente, o Exército russo lançava mísseis sobre os centros de comando e os arsenais no interior do território ucraniano e destruía-os.

A defesa antiaérea ucraniana fora destruída por mísseis hipersónicos logo após a sua instalação. Na sua ausência, os ucranianos não puderam realizar as manobras que haviam sido planeadas pela OTAN.

A Rússia não recorreu às suas novas armas, excetuando o seu sistema de empastelamento dos comandos de armas da OTAN e alguns dos seus mísseis hipersónicos.

A fronteira não é mais é do que um longo cemitério de blindados e de homens. Os aeroportos estão cheios de carcaças fumegantes de Mig-29 e de F-16.

Os Estados-Maiores dos Estados Unidos, da Aliança Atlântica e da Ucrânia atiram a responsabilidade de uns para os outros por este desastre histórico. Várias centenas de milhar de vidas humanas e 500 mil milhões de dólares foram desperdiçados para nada. As armas ocidentais, que faziam tremer o mundo nos anos 90, já não valem nada contra o arsenal russo de hoje. A força mudou de lado.

Desde logo duas conclusões se impõem:

NÃO CONFUNDIR O EXÉRCITO UCRANIANO COM OS “NACIONALISTAS INTEGRALISTAS”

Se já não há um Exército ucraniano capaz de travar uma guerra de alta intensidade, continuam, no entanto, a existir as forças de “nacionalistas integralistas” (às vezes ditos “banderistas” ou “ucro-nazis”). Mas elas estão treinadas apenas para combates de baixa intensidade. Os seus chefes foram bater-se na Chechénia, no fim dos anos 90, por conta da CIA e dos Serviços Secretos da OTAN, às vezes na Síria nos anos de 2020. Eles foram treinados em assassínios seletivos, em sabotagens e para massacres de civis. Nada mais.

Assim, eles conseguiram

  • sabotar o gasoduto russo-germano-franco-neerlandês Nord Stream para mergulhar a Alemanha, e depois a União Europeia, na recessão, em 26/Setembro/2022.
  • sabotar a ponte do estreito de Kerch (dita « Ponte da Crimeia »), em 8/Outubro/2022.
  • atacar o Kremlin com drones, em 3/Maio/2023
  • atacar com drones o Ivan Kurs, o navio da Inteligência que defendia o gasoduto Turkish Stream no Mar Negro, em 26/Maio/2023.
  • sabotar a barragem de Kakhovka para partir a Novorossia em duas, em 6/Junho/2023.
  • sabotar o “pipeline” de amoníaco Togliatti-Odessa para destruir a industria russa de adubos minerais, em 7/Junho/2023.

Tal como durante as duas Guerras Mundiais e na Guerra Fria, eles provaram a sua capacidade terrorista, mas não desempenharam nenhum papel decisivo no campo de batalha.

Mais do que nunca entre os ucranianos convêm distinguir, os militares, que pensavam defender o seu povo, dos “nacionalistas integralistas” [1], que nada querem saber dos seus compatriotas e apenas buscam erradicar os russos e a sua cultura desde há um século.

A UCRÂNIA QUE CONHECEMOS ESTÁ MORTA

Até à data, a Ucrânia tem sido acima de tudo um campeão de comunicação. Kiev conseguiu fazer de crer que o Golpe de 2014, que derrubou um presidente democraticamente eleito em benefício de nacionalistas integralistas, foi uma revolução. Da mesma forma, conseguiu fazer esquecer a maneira como esmagou os seus cidadãos do Donbass, negando-se a dar-lhes acesso aos serviços públicos, a pagar os salários dos funcionários públicos e as pensões aos idosos e, finalmente, bombardeando as suas cidades. Por fim, conseguiu até vender gato por lebre e convencer os Ocidentais que a Ucrânia era um país homogéneo onde uma população única partilhava uma história comum.

Como na maior parte das guerras, há também um aspecto “guerra civil” [2]. Hoje, todos são levados a constatar que, contrariamente ao que se fez constar, a análise publicada por Vladimir Putin não era uma reconstrução da história, mas uma verdade factual. O povo de Donbass é profundamente russo. O da Novorossia (Crimeia incluída) é de cultura russa embora com uma história diferente (ele jamais conheceu a servidão). A Ucrânia nunca existiu como um Estado independente na história, exceto durante uma década, durante os períodos de 1917-22 e 1941-45, e três outras décadas, a partir de 1991.

Durante essas três experiências, Kiev nunca deixou de querer purificar o seu povo e de massacrar os seus cidadãos quando os nacionalistas integralistas estavam no Poder (1917-22 com Simon Petliura, 1941-45 com Stepan Bandera e 2014-22 com Petro Poroshenko e Volodymyr Zelensky). No total, num século, os “nacionalistas integralistas” — é como eles se se designam a si próprios — assassinaram mais de 3 milhões dos seus compatriotas.

Durante a Primeira Guerra Mundial, a população da Novorossia já se havia levantado à volta do anarquista Nestor Makhno; durante a Segunda Guerra Mundial, a população do Donbass e da Novorossia levantara-se como soviética; enquanto desta vez, ela se bate contra os ”nacionalistas integralistas” de Kiev junto com as Forças russas.

O único meio de fazer cessar estes massacres é separar os “nacionalistas integralistas” da população de cultura russa que eles querem matar [3]. Uma vez que a OTAN organizou um Golpe de Estado em 2014 e os colocou no Poder, não há outra maneira senão constatar a atual divisão do país e deixá-los no Poder em Kiev. São os ucranianos, e só eles, que os deverão derrubar.

As operações militares atuais já o fizeram. A parte libertada pelos russos votou por referendo a sua adesão à Federação. No entanto, o avanço russo do ano passado foi interrompido pelo Presidente Vladimir Putin no quadro das negociações com a Ucrânia, conduzidas na Bielorrússia, depois na Turquia. A cidade de Odessa continua a ser ucraniana por direito, embora ela seja culturalmente russa. A Transnístria continua a ser moldava embora seja culturalmente russa.

A guerra tecnicamente acabou. Nenhuma ofensiva poderá modificar as fronteiras atuais. É certo que os combates podem se eternizar e estamos longe de um tratado de paz, mas os dados foram lançados. Resta um problema na Ucrânia e outro na Moldávia: Odessa e a Transnístria ainda não são russas. Sobretudo, permanece um problema de fundo: em violação dos seus compromissos orais e escritos, os membros da Aliança Atlântica armazenaram armas norte-americanas na fronteira da Rússia, pondo a segurança desta em perigo.

13/Junho/2023

[1] “Quem são os nacionalistas integralistas ucranianos?”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Rede Voltaire, 17/Novembro/2022.
[2] “É o conflito na Ucrânia uma guerra civil?”, Tradução Alva, Rede Voltaire, 22/Novembro/2022.
[3] “Ucrânia: a Segunda Guerra mundial continua”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Rede Voltaire, 26/Abril/2022

[*] Presidente-fundador do Reseau Voltaire.

O original encontra-se em www.voltairenet.org/article219444.html e a tradução de Alva em www.voltairenet.org/article219462.html

Este artigo encontra-se em resistir.info

mais um acto terrorista do exército da nato que ocupa a ucrânia

Com um início de contra-ofensiva desastroso em níveis muito altos de perdas de material e efectivos ( sem resultados ), a nato destrói parcialmente uma infra-estrutura importante do país. Terrorismo puro . Incapaz de fazer uma guerra e sentindo-se em perda, a nato opta por actos de puro terrorismo que mostram como a ucrânia é vista pelo ocidente: apta a ser arrasada, até pelas suas acções e a ficar despovoada. Mandam bilhões ao cómico, subornando-o.

Ruptura da Barragem de Nova Kakhova – Atualizado (12:15 UTC)

Atualizado em todo (12:15 UTC).

Algumas horas atrás, uma suposta explosão explodiu a barragem de Nova Kakhova, na


ucrânia.

Foi isso ou dano estrutural de ataques anteriores.

Geoff Brumfiel @gbrumfiel – 

6:31 UTC · 6 de junho de 2023

A barragem já estava sob enorme tensão e danificada. Então as coisas pioraram. Em 2 de junho, parece que uma estrada sobre a barragem falhou. Isso pode ser indicativo de uma falha estrutural maior….

Em consequência, o enorme reservatório atrás da barragem está agora inundando terras de nível inferior ao sul de Kherson (Xepcoh). As fotos mostram o antes e o depois de uma possível inundação devido ao rompimento

:

maior

Anteriormente, o exército russo havia retirado suas tropas da parte norte do oblast de Kherson porque o rompimento de uma barragem colocaria em risco sua rota de abastecimento.

Ainda não sabemos quanto da barragem foi danificado. A quantidade de água que fluirá depende da parte da parede que ainda está abaixo do nível atual da água.

É digno de nota que a Ucrânia já havia enchido as barragens a montante no Dnieper até a borda para aumentar o dano potencial. Essas águas foram liberadas no início de maio. Observe a data do seguinte tweet.

ZOKA @200_zoka – 

14:12 UTC · 4 de maio de 2023

O nível da água no reservatório Kakhovka na região de Zaporozhye aumentou 17 m e quase atingiu o nível crítico. Sob ameaça de destruição da barragem em Kamenka Dneprovskaya, dezenas de aldeias podem ser inundadas.Kiev abriu as comportas em Dnepropetrovsk e Zaporozhye.
vídeo incorporado

Os propagandistas ucranianos estão alegando que os russos explodiram a represa. No entanto, isso é improvável.

Em 21 de outubro de 2022, Vasily Nebenzya, Representante Permanente da Rússia na ONU, enviou uma carta ao Secretário-Geral da ONU sobre os planos do regime de Kiev para destruir a usina hidrelétrica de Kakhovskaya.

Em um relatório sobre a contra-ofensiva de Kherson no ano passado, o Washington Post relatou os planos ucranianos e as tentativas de explodir a barragem:

[Mai. O general Andriy] Kovalchuk considerou inundar o rio. Os ucranianos, disse ele, até realizaram um teste de ataque com um lançador HIMARS em uma das comportas da barragem de Nova Kakhovka, fazendo três furos no metal para ver se a água do Dnieper poderia ser elevada o suficiente para bloquear as travessias russas, mas não inundar as proximidades. aldeias.

O teste foi um sucesso, disse Kovalchuk, mas o passo permaneceu como último recurso. Ele se segurou.

Destruir sua própria infraestrutura não é novidade para os militares ucranianos. Em abril de 2022, o New York Times já notava isso :

O que aconteceu em Demydiv não foi um caso isolado. 

Desde os primeiros dias da guerra, a Ucrânia tem sido rápida e eficaz em causar estragos em seu próprio território, muitas vezes destruindo a infraestrutura, como forma de frustrar um exército russo com números e armamento superiores.

Demydiv foi inundada quando as tropas abriram uma represa próxima e enviaram ondas de água para o campo. Em outras partes da Ucrânia, os militares, sem hesitação, explodiram pontes, bombardearam estradas e desativaram ferrovias e aeroportos. O objetivo tem sido retardar os avanços russos, canalizar as tropas inimigas para armadilhas e forçar as colunas de tanques para terrenos menos favoráveis.

Citando o artigo do Washington Post acima, Andrew Korybko aponta para um possível motivo para a demolição da barragem hoje:

A observação de [Kovalchuk] sobre como “a etapa permaneceu como último recurso” é pertinente para ser lembrada no momento, considerando que a primeira fase da contra-ofensiva apoiada pela OTAN de Kiev falhou completamente na segunda-feira, de acordo com o Ministério da Defesa da Rússia. Assim como a Ucrânia lançou sua invasão por procuração da Rússia no final de maio para se distrair de sua derrota na Batalha de Artyomovsk, também pode parecer ter continuado com o crime de guerra planejado de Kovalchuk para se distrair desse embaraço mais recente.

O embaraço mais recente foi o fracasso do ataque de ontem perto de Novodarovka e Levadnoye. Como observou o Ministério da Defesa da Rússia em uma declaração especial :

Como resultado de ações ativas e abnegadas do Grupo de Forças Vostok, que demonstrou coragem e heroísmo, o inimigo foi parado e as tarefas definidas não foram cumpridas. As formações e unidades militares da AFU sofreram perdas significativas.

As perdas totais da AFU na direção do sul de Donetsk foram de mais de 1.500 militares ucranianos, 28 tanques, incluindo 8 tanques Leopard fabricados pela FRG, três tanques de rodas AMX-10 fabricados na França e 109 veículos blindados de combate.

(Vi fotos dos tanques de reconhecimento AMX-10 destruídos, mas ainda não de nenhum Leopard destruído.)

Curiosamente, a mídia ‘ocidental’, pressionada pelo governo ucraniano, foi agradecida por suas reportagens pró-ucranianas sobre o assunto na época em que a barragem foi rompida:

Michael Tracey @mtracey – 

9:42 UTC · 6 de junho de 2023

O principal conselheiro de Zelensky agradece antecipadamente aos jornalistas hoje por ajudar o governo da Ucrânia a vencer a “batalha diplomática e informativa” em torno do bombardeio da barragem de Nova Kakhovka. Lembrete útil dos imperativos de estado que esses jornalistas devem cumprir Imagem

A imagem anexada da postagem do Telegram do principal consultor tem um registro de data e hora de 3:03.

A destruição da barragem certamente não é favorável à Rússia. Como o Moscow Times alinhado ao ‘ocidente’ observou seis meses atrás (link corrigido):

Em um cenário catastrófico, a destruição da barragem poderia enviar uma onda de inundação altamente destrutiva no rio Dnipro, causando graves inundações em grandes áreas do sul da Ucrânia. O backswell também provavelmente inundaria o rio Inhulets, um afluente do Dnipro.

No entanto, os níveis do terreno significam que a inundação provavelmente seria pior na margem esquerda do Dnipro, controlada pelos russos, tornando uma detonação de explosivos na barragem um movimento improvável para Moscou.

“[Destruir a barragem] significaria que a Rússia explodiria o próprio pé”, disse o analista militar Michael Kofman no podcast War on the Rocks no mês passado.

“[Isso] inundaria a parte controlada pelos russos de Kherson [região]… muito mais do que a parte ocidental que os ucranianos provavelmente libertarão.”

E os efeitos secundários da explosão da barragem podem ser igualmente graves para a Rússia.

Abaixar o nível do rio atrás da barragem ameaça o abastecimento de água para a Crimeia anexada a Moscou e corre o risco de cortar o acesso à água de resfriamento para a usina nuclear controlada pela Rússia na região de Zaporizhzhia, na Ucrânia.

A água da barragem também foi usada para irrigar o sul do oblast de Kherson. A falta de água vai inviabilizar a geração de energia da barragem que abastecia a zona sul.

É provável que a inundação se dissipe em uma ou duas semanas, mas isso não altera os grandes danos às partes que a Rússia reivindica como suas.

A água terá então destruído os campos minados russos na margem esquerda (vista da nascente) do rio. Isso abrirá rotas para as tropas ucranianas cruzarem o rio e atacarem o oblast de Kherson, no sul, em direção à Crimeia. Houve relatos anteriores de que a Ucrânia recebeu equipamentos de pontes e balsas exatamente para esse fim.

Postado por b em 6 de junho de 2023 às 8:24 UTC | Link permanente