os lucros dos bancos, a europa da defesa e o apalpar do terreno ( antes que os russos cheguem )

As escolas de jornalismo não ensinam nada aos seus alunos ? Ou estão só vocacionadas para fazer dos futuros jornalistas simples alvissareiros, verdadeiros especialistas em casos titulados com escândalo ? O autor não sabe, mas desconfia.

Então o capitalismo não existe para os poderosos ganharem cada vez mais dinheiro e se tornarem ainda mais poderosos ? O círculo vicioso do poder-lucro-poder não é uma das essências do regime ? É difícil explicar o sistema a um rapazola que quer ser jornalista e já antevê como se vai safar na profissão: entrar no rebotalho e produzir lixo às toneladas, fazê-lo chegar às capas dos periódicos que se produzem como salsichas ou cuecas que se destinam ao mercado leitor, como quem diz à clientela, satisfazendo os seus gostos e gerando aquelas emoções do caraças !?

Num país informado sobre o que é o capitalismo dizer que os bancos ganham tanto quanto podem e é muito não causa nenhum sainete; é trivial. Por cá, não. A ignorância tem destas coisas…

A campanha pró-guerra e suas despesas está em marcha nos países da europa. Por cá falou o tomaz-gouveia-tomaz a dizer que se a nato exigir – exigir é um acto que as colónias reconhecem e aceitam – NÓS vamos à guerra morrer onde for preciso, longe das nossas fronteiras mas onde mandam os interesses estrangeiros. Já se fala nos 5 MIL MILHÕES que se pode ter de destinar para comprar aviões de guerra – aos gringos claro ! -, saídos do orçamento que é curto para a educação, a saúde, a habitação e, até, à economia capitalista em que vivemos atolados e sem escapatória à vista. É que estaremos a ser atacados, mais dia menos dia, pelas cegonhas, os mosquitos e os drones dos youtubers que fazem vídeos das alturas celestiais… e então descobriremos que podem ser os russos. Sempre os russos.

O temor é agora que os russos, como não tem MERDA para além de petróleo e gás, vâo invadir a europa para se abastecerem dela à tripa forra, merda às toneladas sobre toneladas; o que farão com toda a merda que saquearão na europa, não se sabe e tão pouco é dito pelos políticos que receiam a invasão, que, já se disse, só pode ser em busca da merda europeia. As invasões em busca de merda são terríveis por serem inestéticas, mal-cheirosas e absurdas, ao ponto de poderem causar infecções e mortes. Que o diga a nato.

Então a europa que já foi tudo até se tornar numa colónia gringa governada pela nato por intermédio da comissão às ordens de uma nazi, neta de nazis, agora vai ser a europa da defesa. Para isso vai extorquir MILHÕES aos seus cidadãos e dá-los em pagamento ao complexo militar-industrial norte americano a troco de material que já se viu não serve para travar uma guerra moderna e que se transforma em sucata com uma facilidade e a uma velocidade verdadeiramente incríveis !!!

Depois do nosso tomaz-gouveia-tomaz, apareceu a espanhola com a sua lenga-lenga mais hermética mas no mesmo sentido e com igauis propósitos. Ainda temos o rangel e o melo para o sermão, que os russos estão a caminho e a mouraria não está a salvo !!! Nem a santa casa… com o novo governador que convém preservar por ser ad-adito, ex-bancário e tudo.

Mãozinha marota. E cristina sem ainda ter consciência que os de Putin em breve atravessarão o rio em Avintes e chegarão à capital em 3 tempos, sem linha de torres que lhe valha !!! Mãozinha marota, onde andas tú ? Apalpa o terreno antes que cheguem os russos, vá.

oxisdaquestão, 17.05.2024

os pensamentos de tomaz-gouveia-tomaz, almirante e américo de deus 2.0

Eles andam por aí armados em patriotas e heróis. São todos escolhas da nato por serem subservientes, com carências psicológicas e admirarem os dollars, sobretudo os destinados às suas contas bancárias. E são idiotas mentirosos, vaidosos e oportunistas. Alguns chegam a chefes militares depois de serem conhecidos como fieis de armazém e zeladores da distribuição das injecções que nos foram vendidas como vacinas para esse inimigo terrível e amedrontador que foi o covid19 de origem e desenvolvimento gringo.

O seu papel é enaltecer a guerra da nato, onde NÃO combatem – nem tão pouco os filhos e enteados -, e preparar o pessoal para o que der e vier, tipo ser arrebanhado e ir nela morrer. Os outros, claro. O gouveia das capas das revistas cor de rosa já entrou nessa; afinal ele é almirante – como o tomaz do estado novo – e está num cargo de responsabilidade donde espera saltar para a presidência da colónia. Os seus conhecimentos e honestidade intelectual aferem-se pela afirmação “se a Rússia invadir a europa”: como militar, embora de fracas marés, não sabe quantos milhões de militares seriam necessários para invadir a europa, tropa que os russos não têm, nem desejam ter por ser uma impossibilidade e um absurdo. Mas o nosso tomaz admite a possibilidade que a propaganda dos seus patrões usa para atemorizarem as pessoas e fazerem o que muito bem lhes apetece, à revelia de qualquer processo democrático. Mas é pago para fazer esse papel e sujeita-se. Daqui digo ao marinheiro que a Rússia NUNCA invadiu país algum, ao contrário da nato, à qual ele obedece. E está longe de querer vir buscar à europa qualquer merda da muita em que a zona se transformou desde que aceitou ser uma colónia gringa a 100%.

3 pensamentos do almirante tomaz-gouveia-tomaz. Os jovens que se cuidem que já estão na mira dos militares que se cagam todos ao pensarem que os russos vêm aí, quando são os nazis que nos estão a invadir e já a mandar na europa e no mundo. De braço dado com os sionistas de israel, dos eeuu e de inglaterra. Quem já viu como na ucrânia se arrebanhavam os homens pelas ruas pode fazer uma ideia das ideias e das práticas que correm no cérebro do tomaz de pacotilha que chefia o estado maior.

Sobre a OME que a nato obrigou a Rússia a desencadear, o marinheiro fala como um frade depois duma comezaina de 12 pratos com abade de priscos à sobremesa, cafezinho e digestivos à vontade ! Não diz nada nem de novo nem ligado à realidade. Assim se mente à boca cheia de paleio de chacha. Este tomaz também descobre que estando num vale está na aldeia mais alta de Portugal…

3º pensamento: como vou ser candidato, digo que a virtude está no centro e que a democracia tem de se acomodar à realidade do jogo partidário. Conseguia o militar dizer outra coisa ? Creio que não. Nota-se que é um aspirante com o saco das favas a chegar-lhe à boca e com ante-olhos; escava o chão e vai zurrando. Passa assim por ser um burro simpático daqueles que enternecem, peludinhos e de barba por fazer.

Esta escolha da nato para seu agente de mais alto nível vai fazendo o seu percurso: é a favor da guerra, mente sobre a guerra e está disposto a mandar carne para canhão para a guerra. Por agora, se os russos chegarem a xabregas, ao alto do pina, se os seus submarinos forem avistados rondando o bugio ou as berlengas !!! Por agora, depois se verá…

O contra-almirante tem dois acólitos de respeito, aos quais deve prestar atenção: rangel e melo. Figuras fabulosas e prontas a mostrar serviço em prol da guerra. Rangel já manifestou o seu arrepio em relação a São Tomé, enquanto se cala com respeito ao genocídio sionista de Gaza, Palestina. Melo quer fazer da tropa nos velhos quarteis, centros de reabilitação de jovens pré-fora da lei, institucionalizando-os para a guerra, aquela guerra que tomaz não sabe ou não pode compreender e explicar. Digamos que temos de novo cócó, ranheta e facada na cena política nacional com a guerra em fundo, estruturante e a destruir – ui, que horror ! – as bases que temos hoje ( ver o 2º pensamento de tomaz-gouveia-tomaz, américo de deus 2.0 ).

A guerra e os seus defensores internos, gente que não sabe nem nunca soube o que é soberania. Lacaios coloniais.

oxisdaquestão, 16.05.2024

campo de concentração nazi-fascista criado por israel descrito pela CNN: o horror em pleno deserto

Nunca passou pela cabeça do autor do blogue um dia utilizar material da CNN porque tem dela a ideia de ser um apêndice da cia, do pentágono e dos poderes nazi-fascistas profundos que governam os EEUU. Algo acontece que leva a que a CNN divulgue este texto onde uma prisão israelita é descrita e podemos passar a fazer a ideia que os campos de concentração de hitler não desapareceram, só que estão nas mãos de outros assassinos e aprisionam outro povo que por sinal até não é judeu, mas palestino. O governo israelita e a escumalha que o apoia criaram e mantêm um novo holocausto que devemos conhecer e denunciar. Por isso israel é um estado pária que só existe porque manda nos eeuu e porque o pentágono o mantém como polícia da zona do petróleo do oriente médio.

Se ao menos 1 israelita e 1 gringo sentirem vergonha ao tomarem conhecimento do que a agência narra, o texto seguinte valeu a pena ter sido feito e mostrado.

Patrick Gallagher/CNN

Amarrados, vendados, mantidos em fraldas: denunciantes israelenses detalham abusos de palestinos em centro de detenção sombrio

Pelas equipes de investigações internacionais e visuais da CNN Leitura de 13 minutos Atualizado às 7h52 EDT, sábado, 11 de maio de 2024

Sde Teiman, IsraelCNN – 

Numa base militar que agora funciona como centro de detenção no deserto de Negev, em Israel, um israelita que trabalha na instalação tirou duas fotografias de uma cena que, segundo ele, continua a assombrá-lo.

Fileiras de homens em agasalhos cinza são vistos sentados em colchões finos como papel, cercados por arame farpado. Todos aparecem vendados, com as cabeças pesadamente penduradas sob o brilho dos holofotes.

Um fedor pútrido encheu o ar e a sala zumbiu com os murmúrios dos homens, disse o israelense que estava nas instalações à CNN. Proibidos de falar uns com os outros, os detidos murmuravam entre si.

“Disseram-nos que eles não tinham permissão para se mover. Eles deveriam sentar-se eretos. Eles não estão autorizados a conversar. Não é permitido espiar por baixo da venda.

Os guardas foram instruídos a “gritar uskot ” – calar a boca em árabe – e a “escolher as pessoas que eram problemáticas e puni-las”, acrescentou a fonte.

Uma fotografia vazada do centro de detenção mostra um homem vendado e com os braços acima da cabeça.

Uma fotografia vazada do centro de detenção mostra um homem vendado e com os braços acima da cabeça. Obtido pela CNN

A CNN conversou com três denunciantes israelenses que trabalharam no campo deserto de Sde Teiman, que mantém palestinos detidos durante a invasão de Gaza por Israel . Todos falaram sob risco de repercussões legais e represálias por parte de grupos que apoiam as políticas linha-dura de Israel em Gaza.

Eles pintam o quadro de uma instalação onde os médicos às vezes amputavam membros de prisioneiros devido a ferimentos sofridos por algemas constantes; de procedimentos médicos às vezes realizados por médicos subqualificados, ganhando a reputação de ser “um paraíso para internos”; e onde o ar está cheio do cheiro de feridas negligenciadas deixadas a apodrecer.

Disseram-nos que eles não tinham permissão para se mover. Eles deveriam sentar-se eretos. Eles não estão autorizados a conversar. Não é permitido espiar por baixo da venda.

Um denunciante israelense contando sua experiência na Sde Teiman

De acordo com os relatos,  a instalação, a cerca de 29 quilómetros da fronteira de Gaza, está dividida em duas partes: recintos onde cerca de 70 detidos palestinianos de Gaza  são colocados sob extrema contenção física, e um hospital de campanha onde os detidos feridos são amarrados às suas camas, usando fraldas.  e alimentado com canudos.

“Eles despojaram-nos de tudo o que se assemelhasse a seres humanos”, disse um denunciante, que trabalhava como médico no hospital de campanha da instalação.

“(Os espancamentos) não foram feitos para coletar informações. Eles foram feitos por vingança”, disse outro denunciante. “Foi uma punição pelo que eles (os palestinos) fizeram em 7 de outubro e uma punição pelo comportamento no campo.”

Respondendo ao pedido da CNN para comentar todas as alegações feitas neste relatório, os militares israelenses, conhecidos como Forças de Defesa de Israel (IDF), disseram em um comunicado: “As IDF garantem uma conduta adequada para com os detidos sob custódia. Qualquer alegação de má conduta por parte dos soldados das FDI é examinada e tratada em conformidade. Nos casos cabíveis, são abertas investigações do MPCID (Divisão de Investigações Criminais da Polícia Militar) quando há suspeita de desvio de conduta que justifique tal ação.”

“Os detidos são algemados com base no seu nível de risco e estado de saúde. Incidentes de algemas ilegais não são do conhecimento das autoridades.”

https://ix.cnn.io/dailygraphics/graphics/20240502-israel-detention-investigation/index.html?initialWidth=910&childId=graphic-20240502-israel-detention-investigation&parentTitle=Sde%20Teiman%3A%20Israeli%20whistleblowers%20detail%20abuse%20of%20Palestinians%20in%20shadowy%20detention%20center%20%7C%20CNN&parentUrl=https%3A%2F%2Fedition.cnn.com%2F2024%2F05%2F10%2Fmiddleeast%2Fisrael-sde-teiman-detention-whistleblowers-intl-cmd

A IDF não negou diretamente relatos de pessoas que foram despojadas de suas roupas ou mantidas em fraldas. Em vez disso, os militares israelenses disseram que as roupas dos detidos serão devolvidas assim que as FDI determinarem que elas não representam nenhum risco à segurança.

Relatos de abusos em Sde Teiman já surgiram na mídia israelense e árabe após protestos de grupos de direitos humanos israelenses e palestinos sobre as condições ali. Mas este raro testemunho de israelitas que trabalham nas instalações lança mais luz sobre a conduta de Israel enquanto trava a guerra em Gaza, com novas alegações de maus-tratos. Também lança mais dúvidas sobre as repetidas afirmações do governo israelita de que actua de acordo com as práticas e leis internacionais aceites.

A CNN solicitou permissão aos militares israelenses para acessar a base de Sde Teiman. No mês passado, uma equipa da CNN cobriu um pequeno protesto fora do seu portão principal, organizado por activistas israelitas que exigiam o encerramento das instalações. As forças de segurança israelenses interrogaram a equipe por cerca de 30 minutos, exigindo ver as imagens feitas pelo fotojornalista da CNN. Israel frequentemente sujeita repórteres, mesmo jornalistas estrangeiros, à censura militar em questões de segurança.

Detido no deserto

Os militares israelitas reconheceram ter convertido parcialmente três instalações militares diferentes em campos de detenção para detidos palestinianos de Gaza desde o ataque liderado pelo Hamas em 7 de Outubro contra Israel, no qual as autoridades israelitas dizem que cerca de 1.200 pessoas foram mortas e mais de 250 foram raptadas, e a subsequente ofensiva israelita em Gaza , matando quase 35 mil pessoas, segundo o ministério da saúde da faixa. Estas instalações são Sde Teiman, no deserto de Negev, bem como as bases militares de Anatot e Ofer, na Cisjordânia ocupada.

Os campos fazem parte da infra-estrutura da Lei dos Combatentes Ilegais de Israel, uma legislação alterada aprovada pelo Knesset em Dezembro passado que expandiu a autoridade dos militares para deter supostos militantes.

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Patrick Gallagher/CNN

A lei permite que os militares detenham pessoas durante 45 dias sem um mandado de prisão, após o qual devem ser transferidas para o sistema prisional formal de Israel (IPS), onde mais de 9.000 palestinos estão detidos em condições que grupos de direitos humanos dizem ter deteriorado drasticamente desde 7 de outubro. Duas associações de prisioneiros palestinos afirmaram na semana passada que 18 palestinos – incluindo o importante cirurgião de Gaza, Dr. Adnan al-Bursh – morreram sob custódia israelense durante o curso da guerra.

Os campos de detenção militar – onde o número de reclusos é desconhecido – servem como ponto de filtragem durante o período de detenção exigido pela Lei dos Combatentes Ilícitos. Após a sua detenção nos campos, aqueles com suspeitas de ligações ao Hamas são transferidos para o IPS, enquanto aqueles cujas ligações militantes foram excluídas são libertados de volta para Gaza.

A CNN entrevistou mais de uma dúzia de ex-detidos de Gaza que pareciam ter sido libertados desses campos. Eles disseram que não podiam determinar onde foram detidos porque estiveram vendados durante a maior parte da detenção e isolados do mundo exterior. Mas os detalhes das suas contas coincidem com os dos denunciantes.Feedback do anúncio em vídeoOuça ex-detentos mantidos dentro de Sde Teiman

00h52 – Fonte: CNN

“Esperávamos ansiosamente pela noite para podermos dormir. Depois, ansiamos pela manhã na esperança de que a nossa situação pudesse mudar”, disse o Dr. Mohammed al-Ran, recordando a sua detenção numa instalação militar onde disse ter suportado temperaturas desérticas, oscilando entre o calor do dia e o frio do dia. noite.  A CNN entrevistou-o fora de Gaza no mês passado.

Al-Ran, um palestiniano com cidadania bósnia, chefiou a unidade cirúrgica do hospital indonésio no norte de Gaza, um dos primeiros a ser encerrado e invadido enquanto Israel levava a cabo a sua ofensiva aérea, terrestre e naval.

Ele foi preso em 18 de dezembro, disse ele, em frente ao Hospital Batista Al-Ahli, na cidade de Gaza, onde trabalhava há três dias depois de fugir de seu hospital no norte, fortemente bombardeado.

Ele foi despido, apenas de cueca, vendado e com os pulsos amarrados, depois jogado na traseira de um caminhão onde, segundo ele, os detidos quase nus foram empilhados uns sobre os outros enquanto eram transportados para um campo de detenção no meio. do deserto.

Os detalhes do seu relato são consistentes com os de dezenas de outros recolhidos pela CNN que relatam as condições de detenção em Gaza . O seu relato também é apoiado por inúmeras imagens que retratam prisões em massa publicadas em perfis de redes sociais pertencentes a soldados israelitas. Muitas dessas imagens mostram moradores de Gaza cativos , com os pulsos ou tornozelos amarrados por cabos, em roupas íntimas e com os olhos vendados.

Al-Ran foi mantido em um centro de detenção militar por 44 dias, disse ele à CNN. “Nossos dias foram repletos de oração, lágrimas e súplicas. Isto aliviou a nossa agonia”, disse al-Ran.

“Choramos e choramos e choramos. Choramos por nós mesmos, choramos por nossa nação, choramos por nossa comunidade, choramos por nossos entes queridos. Choramos por tudo que passou pela nossa cabeça.”

O Dr. Mohammed Al-Ran chefiou a unidade cirúrgica do hospital indonésio de Gaza, um dos primeiros a ser invadido e fechado por Israel.

O Dr. Mohammed Al-Ran chefiou a unidade cirúrgica do hospital indonésio de Gaza, um dos primeiros a ser invadido e fechado por Israel. Das mídias sociais

Al-Ran é fotografado no dia em que foi libertado de um campo de detenção, em condições físicas visivelmente piores.

Al-Ran é fotografado no dia em que foi libertado de um campo de detenção, em condições físicas visivelmente piores. Das mídias sociais

Uma semana após o início da sua prisão, as autoridades do campo de detenção ordenaram-lhe que actuasse como intermediário entre os guardas e os prisioneiros, um papel conhecido como Shawish, “supervisor”, em árabe vernáculo.

De acordo com os denunciantes israelenses, um Shawish é normalmente um prisioneiro que foi inocentado de suspeitas de ligações com o Hamas após interrogatório.

Os militares israelitas negaram manter detidos desnecessariamente ou utilizá-los para fins de tradução. “Se não houver motivo para continuar a detenção, os detidos serão libertados de volta para Gaza”, afirmaram num comunicado.

Nossos dias foram repletos de oração, lágrimas e súplicas. Isso aliviou nossa agonia.

Ex-detido Dr. Mohammed al-Ran

No entanto, os relatos de denunciantes e detidos – particularmente os relativos a Shawish – lançam dúvidas sobre a descrição feita pelo IDF do seu processo de compensação. Al-Ran diz que serviu como Shawish por várias semanas depois de ter sido inocentado de ligações com o Hamas. Os denunciantes também disseram que o absolvido Shawish serviu como intermediário por algum tempo.

Eles são tipicamente proficientes em hebraico, de acordo com as testemunhas oculares, o que lhes permite comunicar as ordens dos guardas ao resto dos prisioneiros em árabe.

Para isso, al-Ran disse que recebeu um privilégio especial: sua venda foi removida. Ele disse que este era outro tipo de inferno.

“Parte da minha tortura foi poder ver como as pessoas estavam sendo torturadas”, disse ele. “No começo você não conseguia ver. Não dava para ver a tortura, a vingança, a opressão.

“Quando me tiraram a venda, pude ver a extensão da humilhação e do rebaixamento… pude ver até que ponto eles nos viam não como seres humanos, mas como animais.”

Uma fotografia vazada de um recinto onde detidos em agasalhos cinza são vistos com os olhos vendados e sentados em colchões finos como papel. A CNN conseguiu localizar geograficamente o hangar nas instalações de Sde Teiman. Uma parte desta imagem foi desfocada pela CNN para proteger a identidade da fonte.

Uma fotografia vazada de um recinto onde detidos em agasalhos cinza são vistos com os olhos vendados e sentados em colchões finos como papel. A CNN conseguiu localizar geograficamente o hangar nas instalações de Sde Teiman. Uma parte desta imagem foi desfocada pela CNN para proteger a identidade da fonte. Obtido pela CNN

O relato de Al-Ran sobre as formas de punição que viu foi corroborado pelos denunciantes que falaram com a CNN. Um prisioneiro que cometesse um delito, como falar com outra pessoa, seria obrigado a levantar os braços acima da cabeça por até uma hora. As mãos do prisioneiro às vezes eram amarradas com zíper a uma cerca para garantir que ele não saísse da posição de estresse.

Para aqueles que violaram repetidamente a proibição de falar e se movimentar, a punição tornou-se mais severa. Os guardas israelitas por vezes levavam um prisioneiro para uma área fora do recinto e espancavam-no agressivamente, segundo dois denunciantes e Al-Ran. Um denunciante que trabalhava como vigilante disse ter visto um homem sair de uma surra com os dentes, e alguns ossos, aparentemente quebrados.

Quando me tiraram a venda, pude ver a extensão da humilhação e do rebaixamento… Pude ver até que ponto eles nos viam não como seres humanos, mas como animais.

Ex-detido Dr. Mohammed Al-Ran

Esse denunciante e al-Ran também descreveram uma busca de rotina quando os guardas soltavam cães de grande porte sobre os detidos adormecidos, lançando uma granada sonora contra o recinto enquanto as tropas invadiam. Al-Ran chamou isso de “a tortura noturna”.

“Enquanto estávamos telegrafados, eles soltaram os cães que se moveriam entre nós e nos pisoteariam”, disse al-Ran. “Você estaria deitado de bruços, com o rosto pressionado contra o chão. Você não pode se mover e eles estão se movendo acima de você.”

O mesmo denunciante relatou a busca com os mesmos detalhes angustiantes. “Foi uma unidade especial da Polícia Militar que fez a chamada busca”, disse a fonte. “Mas na verdade foi uma desculpa para acertá-los. Foi uma situação aterrorizante.”

“Havia muitos gritos e latidos de cachorros.”

Amarrado a camas em um hospital de campanha

Os relatos dos denunciantes retrataram um tipo diferente de horror no hospital de campanha Sde Teiman.

“O que senti quando lidei com esses pacientes foi uma ideia de vulnerabilidade total”, disse um médico que trabalhava no Sde Teiman.

“Se você se imagina incapaz de se mover, incapaz de ver o que está acontecendo e completamente nu, isso o deixa completamente exposto”, disse a fonte. “Acho que isso é algo que beira, se não ultrapassa, a tortura psicológica.”

Outro denunciante disse que recebeu ordens de realizar procedimentos médicos nos detidos palestinos para os quais não estava qualificado.

“Pediram-me para aprender como fazer coisas nos pacientes, realizando pequenos procedimentos médicos que estão totalmente fora da minha especialidade”, disse ele, acrescentando que isso era frequentemente feito sem anestesia.

“Se reclamassem de dor, receberiam paracetamol”, disse ele, usando outro nome para paracetamol.

“Só de estar lá parecia ser cúmplice de abuso.”Feedback do anúncio em vídeoVeja o modelo que a CNN recriou com base em relatos de testemunhas oculares que aparecem dentro de Sde Teiman

00h41 – Fonte: CNN

O mesmo denunciante também disse que testemunhou uma amputação realizada em um homem que sofreu ferimentos causados ​​pelo constante amarrar seus pulsos. O relato correspondia aos detalhes de uma carta de autoria de um médico que trabalha no Sde Teiman, publicada pelo Ha’aretz em abril.

“Desde os primeiros dias de funcionamento das instalações médicas até hoje, enfrentei sérios dilemas éticos”, dizia a carta dirigida ao procurador-geral de Israel e aos seus ministérios da saúde e da defesa, segundo o Ha’aretz. “Mais do que isso, escrevo (esta carta) para alertar que o funcionamento das instalações não atende a um único trecho dentre os que tratam da saúde da Lei de Encarceramento de Combatentes Ilícitos.”

Um porta-voz das FDI negou as alegações relatadas pelo Ha’aretz em uma declaração escrita à CNN na época, dizendo que os procedimentos médicos foram conduzidos com “extremo cuidado” e de acordo com a lei israelense e internacional.

O porta-voz acrescentou que o algemamento dos detidos foi feito “de acordo com os procedimentos, o seu estado de saúde e o nível de perigo que representam”, e que qualquer alegação de violência será examinada.

Eles os despojaram de qualquer coisa que se assemelhasse a seres humanos.

Um denunciante israelense relembrando sua experiência em Sde Teiman

Os denunciantes também disseram que a equipe médica foi instruída a se abster de assinar documentos médicos, corroborando relatórios anteriores do grupo de direitos humanos Médicos pelos Direitos Humanos em Israel (PHRI).

relatório do PHRI divulgado em Abril alertou para “uma séria preocupação de que o anonimato seja utilizado para evitar a possibilidade de investigações ou reclamações relativas a violações da ética e do profissionalismo médico”.

“Não se assina nada e não há verificação de autoridade”, disse o mesmo denunciante que afirmou não ter a formação adequada para o tratamento que lhe foi pedido para administrar. “É um paraíso para os estagiários porque é como se você fizesse o que quisesse.”

A CNN também solicitou comentários do Ministério da Saúde de Israel sobre as alegações deste relatório. O ministério encaminhou a CNN de volta às IDF.

Escondido do mundo exterior

Sde Teiman e outros campos de detenção militar têm sido envoltos em segredo desde a sua criação. Israel recusou repetidamente pedidos para divulgar o número de detidos nas instalações ou para revelar o paradeiro dos prisioneiros de Gaza.

Na quarta-feira passada, o Supremo Tribunal israelita realizou uma audiência em resposta a uma petição apresentada pelo grupo de direitos humanos israelita, HaMoked, para revelar a localização de um técnico de raios X palestiniano detido no Hospital Nasser, no sul de Gaza, em Fevereiro. Foi a primeira sessão judicial desse tipo desde 7 de outubro.

O mais alto tribunal de Israel já havia rejeitado pedidos de habeas corpus apresentados em nome de dezenas de palestinos de Gaza detidos em locais desconhecidos.

Os desaparecimentos “permitem que aconteçam as atrocidades de que temos ouvido falar”, disse Tal Steiner, advogado israelita de direitos humanos e director executivo do Comité Público Contra a Tortura em Israel.

“Pessoas completamente desligadas do mundo exterior são as mais vulneráveis ​​à tortura e aos maus-tratos”, disse Steiner numa entrevista à CNN.

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Desde 7 de Outubro, mais de 100 estruturas, incluindo grandes tendas e hangares, apareceram nestas áreas do acampamento no deserto de Sde Teiman. Planet Labs PBC

As imagens de satélite fornecem mais informações sobre as actividades em Sde Teiman, revelando que nos meses desde o início da guerra Israel-Hamas, em 7 de Outubro, mais de 100 novas estruturas, incluindo grandes tendas e hangares, foram construídas no acampamento no deserto. Uma comparação entre fotografias aéreas de 10 de setembro de 2023 e 1º de março deste ano também mostrou um aumento significativo no número de veículos nas instalações, indicando um aumento na atividade. Imagens de satélite de duas datas no início de dezembro mostraram obras em andamento.

A CNN também localizou geograficamente as duas fotografias vazadas que mostram o recinto contendo o grupo de homens vendados e com agasalhos cinza. O padrão dos painéis vistos no telhado correspondia ao de um grande hangar visível em imagens de satélite. A estrutura, que lembra um curral para animais, está localizada na área central do complexo Sde Teiman. É uma estrutura mais antiga vista entre os novos edifícios que surgiram desde o início da guerra.

A CNN analisou imagens de satélite de dois outros campos de detenção militar – as bases de Ofer e Anatot na Cisjordânia ocupada – e não detectou expansão nos terrenos desde 7 de Outubro. Vários grupos de direitos humanos e especialistas jurídicos dizem acreditar que Sde Teiman, que é o mais próximo a Gaza, provavelmente acolhe o maior número de detidos dos três campos de detenção militar.

“Fiquei lá por 23 dias. Vinte e três dias que pareceram 100 anos”, disse Ibrahim Yassine, de 27 anos, no dia em que foi libertado de um campo de detenção militar.

Ele estava deitado em uma sala lotada com mais de uma dúzia de homens recém-libertados – eles ainda usavam os uniformes esportivos cinza da prisão. Alguns tinham feridas profundas de onde as algemas foram removidas.

“Fomos algemados e vendados”, disse outro homem, Sufyan Abu Salah, de 43 anos. “Hoje é o primeiro dia que consigo ver.”

Vários tinham uma expressão vítrea nos olhos e pareciam emaciados. Um homem idoso respirou através de uma máquina de oxigênio enquanto estava deitado em uma maca. Fora do hospital, dois homens libertos da Sociedade do Crescente Vermelho Palestiniano abraçaram os seus colegas.

Para o Dr. Al-Ran, seu reencontro com seus amigos foi tudo menos alegre. A experiência, disse ele, o deixou mudo por um mês enquanto lutava contra uma “morte emocional”.

“Foi muito doloroso. Quando fui libertado, as pessoas esperavam que eu sentisse falta deles, que os abraçasse. Mas havia uma lacuna”, disse al-Ran. “As pessoas que estavam comigo no centro de detenção tornaram-se minha família. Essas amizades eram as únicas coisas que nos pertenciam.”

Pouco antes de sua libertação, um companheiro de prisão o chamou, sua voz mal ultrapassando um sussurro, disse al-Ran. Ele pediu ao médico que encontrasse a sua esposa e filhos em Gaza. “Ele me pediu para lhes dizer que é melhor que sejam mártires”, disse al-Ran. “É melhor para eles morrerem do que serem capturados e mantidos aqui.”

Feedback do anúncio em vídeoVeja a CNN desafiar os guardas israelenses em Sde Teiman

00h53 – Fonte: CNN

Créditos
Produtora executiva: Barbara Arvanitidis
Redatora sênior de investigações: Tamara Qiblawi
Correspondente-chefe de assuntos globais: Matthew Chance
Repórter OSINT: Allegra Goodwin
Fotojornalista: Alex Platt
Repórteres: Abeer Salman e Ami Kaufman
Jornalistas de Gaza: Mohammad Al Sawalhi e Tareq Al Hilou
Jornalista colaborador: Kareem Khadder
Editores visuais e gráficos: Carlotta Dotto, Lou Robinson e Mark Oliver
Designer 3D: Tom James
Editor fotográfico: Sarah Tilotta
Editores de vídeo: Mark Baron, Julie Zink e Augusta Anthony
Designers de movimento: Patrick Gallagher e Yukari Schrickel
Editores digitais: Laura Smith-Spark e
Editores executivos de Eliza Mackintosh : Dan Wright e Matt Wells

Nota do editor: Tamara Qiblawi escreveu e reportou de Londres. Matthew Chance, Barbara Arvanitidis e Alex Platt relataram de Sde Teiman; Ami Kaufman e Allegra Goodwin reportaram de Londres; Abeer Salman e Kareem Khadder relataram de Jerusalém; e os jornalistas Mohammad Al Sawalhi e Tareq Al Hilou reportaram de Gaza.

Tradução automática google.

como vai a guerra que a ucrânia está a perder em nome da nato

SitRep da Ucrânia: a ‘zona sanitária’ na fronteira norte com a Rússia

No Relatório Diário de hoje, o Ministério da Defesa russo confirmou relatos ucranianos de que havia lançado um ataque da Rússia na área de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia:
maior

Como resultado de operações ofensivas, unidades do Grupo de Forças Sever libertaram Borisovka, Ogurtsovo, Pletenevka, Pylnaya e Strelechya (região de Kharkov).

As tropas russas derrotaram mão de obra e equipamento das 23ª e 43ª brigadas mecanizadas, 120ª e 125ª brigadas da AFU e da 15ª Força de Cobertura de Fronteira do Estado perto de Volchansk, Vesyoloye, Glubokoye, Neskuchnoye e Krasnoye (região de Kharkov).

As perdas inimigas chegaram a 170 soldados, três veículos blindados de combate e quatro veículos motorizados.

Se os números do Relatório Diário estiverem um pouco corretos, as perdas ucranianas ontem incluíram 1.620 mortos e/ou gravemente feridos, 21 veículos de combate e tanques rastreados, 30 caminhões, 47 (!) peças de artilharia de vários tipos, 4 sistemas de defesa aérea caros e 6 depósitos de munição de campo. 35 soldados ucranianos foram feitos prisioneiros.

Estas perdas são cerca do dobro da contagem normal.

A abertura de uma nova frente em direcção à região de Kharkiv pode ter um ou mais de três objectivos.

  1. Cercar e eventualmente tomar a cidade de Kharkiv, a segunda maior da Ucrânia.
  2. Criar uma zona tampão ao longo da fronteira para evitar ataques ucranianos em território russo.
  3. Desviar as reservas ucranianas e impedi-las de se juntarem à intensificação da luta na região de Donbass.

Para 1: Kharkiv tem mais de um milhão de habitantes. Para cercá-la e eventualmente tomá-la, seria necessária uma força de mais de 100 mil soldados. Não há observações ou relatórios sobre forças russas desse tamanho perto da área maior.

Para 2: Fala-se muito nesse sentido. Em 18 de Março, após vários ataques da Ucrânia contra Belgorod, o Presidente Putin anunciou que uma zona tampão seria eventualmente necessária:

“Seremos forçados em algum momento, quando considerarmos necessário, a criar uma certa ‘zona sanitária’ nos territórios controlados pelo (governo ucraniano)”, disse Putin na noite de domingo.

Esta “zona de segurança”, disse Putin, “seria muito difícil de penetrar utilizando os meios de ataque fabricados no estrangeiro à disposição do inimigo”.

Para 3: Desviar as forças inimigas do eixo principal é sempre um benefício quando há combates intensos. Nisto a operação rumo a Kharkiv já foi bem sucedida. Os ucranianos ordenaram que as suas reservas fossem transferidas para a região de Kharkiv. No discurso de ontem à noite, o presidente ucraniano Zelenski disse :

“Estamos adicionando mais tropas às frentes de Kharkiv. Tanto ao longo da fronteira do nosso estado como ao longo de toda a linha de frente, iremos invariavelmente destruir os invasores para interromper quaisquer intenções ofensivas russas.”

Assim, a ofensiva de Kharkiv parece concebida para criar uma zona tampão, talvez com 10 quilómetros de profundidade, em terras ucranianas, ao longo da fronteira norte com a Rússia. O facto de desviar as forças ucranianas de outros lugares e posicioná-las principalmente em terrenos abertos para a sua eventual destruição é apenas um efeito secundário bem-vindo.

No meu entender, qualquer nova libertação das grandes cidades da Ucrânia terá de esperar até que a maioria das forças ucranianas seja totalmente destruída ou derrotada e incapaz de resistir a novos ataques.

Postado por b às 12:46 UTC

Tradução automática google.

biliões de dollars dos eeuu/nato para mandar os ucranianos para a morte ( até ao último ! )

Os 61 mil milhões de dólares de Biden e o recrutamento coercitivo do regime de Kiev

– Os ucranianos estão a fugir do banho de sangue da NATO, não da Rússia

SCF [*]

O saqueio da Ucrânia pelas transnacionais.

Esta semana, o presidente dos EUA, Joe Biden, proclamou a aprovação pelo Congresso de 61 mil milhões de dólares em ajuda militar adicional à Ucrânia como “um bom dia para a paz mundial”. A exaltação de Biden é macabra. A obscenidade é que mais ucranianos serão sacrificados pelo imperialismo ocidental e pelo seu brutal regime neonazi em Kiev.

A narrativa sem noção e cínica dos meios de comunicação ocidentais é que uma Ucrânia democrática e amante da liberdade está a lutar corajosamente contra a agressão russa. Os homens ucranianos estão, segundo este conto de fadas, a lutar corajosamente para defender o seu país e para salvar o resto da Europa da invasão russa.

É por isso que o Congresso dos Estados Unidos aprovou esta semana um projeto de lei para enviar mais 61 mil milhões de dólares de ajuda militar à Ucrânia. O Presidente Biden estava a apelar desesperadamente ao Congresso para que tomasse uma posição com a Ucrânia para derrotar a agressão russa. Os aliados americanos da NATO têm igualmente reiterado o mesmo mantra sem sentido. A maioria das pessoas que vivem fora da câmara de eco dos meios de comunicação ocidentais sabe que esta descrição é uma total treta, para usar um dos bordões favoritos de Biden.

O conflito na Ucrânia é uma guerra por procuração da NATO liderada pelos EUA para derrotar estrategicamente a Rússia. O grande esquema começou a funcionar depois do golpe de Estado patrocinado pela CIA em Kiev, em 2014. O regime de Kiev, liderado por um presidente fantoche judeu vigarista, Vladimir Zelensky, é uma ditadura neonazi. É uma junta corrupta onde a elite, como Zelensky, desviou milhares de milhões de dólares e euros doados pelos governos ocidentais, cortesia dos seus contribuintes involuntários.

Esta semana, vimos a prova de que o reich de Kiev está em ação quando anunciou que iria cortar os serviços consulares para todos os homens ucranianos com idades compreendidas entre os 18 e os 60 anos que residem atualmente no estrangeiro.

Estima-se que, desde a escalada do conflito na Ucrânia, em fevereiro de 2022, cerca de cinco milhões de cidadãos ucranianos tenham fugido para países da União Europeia. Destes, cerca de 20 por cento – um milhão – são homens adultos.O saqueio da Ucrânia pelas transnacionais.

O corte dos serviços consulares a qualquer cidadão pelo seu governo é uma ação drástica sem precedentes. Só isso já deveria alertar os observadores para o facto de o “governo” em questão estar longe de ser normal. Risivelmente, os meios de comunicação ocidentais noticiaram o banimento dos serviços consulares pelo regime de Zelensky como se fosse algo banal. Por outras palavras, encobriram convenientemente o que é uma violação vergonhosa das normas internacionais.

A razão pela qual as embaixadas ucranianas tomaram esta medida foi a de forçar os homens ucranianos no estrangeiro a declarar os seus dados e a registarem-se para uma nova campanha de recrutamento do regime de Kiev.

No início deste mês, o regime de Zelensky aprovou uma lei que confere poderes de mobilização muito mais rigorosos para obrigar os homens ucranianos a alistarem-se nas forças armadas.

A nova lei é profundamente impopular entre o povo ucraniano por boas razões. Os ucranianos estão a ser enviados para a linha da frente para serem massacrados por forças russas muito superiores, numa guerra fútil do lado da NATO.

Calcula-se que 500 000 a 600 000 soldados ucranianos tenham sido mortos em mais de dois anos de combates. Outros milhões ficaram feridos e mutilados. Toda uma geração de homens ucranianos foi destruída a um ritmo semelhante ao de uma carnificina do tipo da Primeira Guerra Mundial.

De acordo com as Nações Unidas, o número de civis mortos no conflito ronda os 10 000. Todas as mortes são lamentáveis, mas o número relativamente baixo de vítimas colaterais é uma prova dos esforços da Rússia para evitar alvos civis. Podemos perguntar-nos, portanto, por que razão milhões de ucranianos saltaram para os seus carros e 4×4 para se estabelecerem na Europa, se não estavam a ser alvo das forças russas. É também notável o facto de a maioria dos ucranianos ter ido procurar segurança na Rússia, mais do que em qualquer outro país da Europa. Lá se vai o facto de a Rússia ser um agressor maléfico.

Zelensky e o seu regime fantoche da NATO afirmam, de forma absurda, que o número de mortos entre os militares ucranianos ronda os 31 000. É claro que o número real, 16 vezes superior, tem de ser negado, caso contrário a propaganda ocidental seria envergonhada pelo banho de sangue que a NATO e o seu regime instigaram.

Se, por uma questão de argumentação, o número impossivelmente mais baixo pudesse ser acreditado, então a questão é saber porque é que o regime de Kiev está tão desesperado para lançar o seu recente recrutamento draconiano. Zelensky falou da necessidade de recrutar até 500 000 novos soldados. Isto é uma admissão implícita de que o número mais elevado de mortos, entre 500 e 600 mil, é de facto exato se for necessário encontrar tantos substitutos.

Quando o regime de Kiev anunciou a sua nova campanha de recrutamento no início deste mês, seguiu-se imediatamente uma corrida de ucranianos às embaixadas em toda a Europa para renovar os seus documentos, como passaportes e cartas de condução. A pressa deveu-se ao facto de não quererem ter de regressar à Ucrânia para renovar os seus documentos, sob pena de serem sujeitos a um recrutamento forçado.

Já há uma miríade de relatos e vídeos (não cobertos pelos meios de comunicação ocidentais, com certeza) de homens ucranianos a serem apanhados nas ruas por rufias do regime de Kiev para o serviço militar. Muitos outros esconderam-se no interior do país. Houve escândalos sobre famílias ucranianas que foram extorquidas por agentes de recrutamento, que lhes pediram milhares de dólares para poupar pais e filhos. Milhares de outros arriscaram as suas vidas tentando atravessar rios a nado para países vizinhos.

O facto de o regime de Kiev estar a tomar a medida extrema de recusar agora os serviços consulares aos seus cidadãos masculinos no estrangeiro é uma prova de quão vingativo e insensível é o regime de Kiev. O objetivo é conseguir até um milhão de recrutas para os campos de extermínio ao longo dos 1 000 quilómetros da linha da frente com a Rússia, no leste do país.

É aqui que a história da propaganda ocidental se torna absurda. Para evitar ser arrastado de volta para a Ucrânia, espera-se que muitos dos que vivem no estrangeiro renunciem à cidadania. Se não tiverem passaportes válidos e não puderem renovar os seus documentos, tornam-se apátridas e ilegais. Isto significa que centenas de milhares de ucranianos terão, necessariamente, de pedir asilo político nos países da União Europeia. Em suma, a sua situação é a de não poderem regressar ao seu país de origem por receio de serem perseguidos.

Não é ridículo? Os Estados Unidos e os seus vassalos europeus doaram até 300 mil milhões de dólares em dinheiro público para apoiar um regime de que fogem os próprios cidadãos, com medo.

O último esbanjamento de 61 mil milhões de dólares por parte dos Estados Unidos não ajudará a Ucrânia a vencer a guerra por procuração orquestrada pela NATO contra a Rússia. A generosidade irá apenas prolongar a agonia da Ucrânia e apoiar o corrupto regime neonazi. Já foram abatidos cerca de meio milhão de soldados ucranianos numa guerra criminosa e fútil em nome dos interesses imperialistas ocidentais. Muitos analistas militares independentes concordam que a falta crítica é de mão-de-obra ucraniana.

Zelensky e os seus capangas estão a tentar extorquir mais corpos para o matadouro. Washington e os seus lacaios europeus estão a alimentar a máquina de matar dos militares que lucram com a caça ao homem do regime de Kiev em busca de nova carne para canhão.

É hediondo e diabólico. É também chocantemente flagrante – a menos que se confie nos media ocidentais para a sua “informação”.

A verdade é que o público ocidental está a apoiar um regime que até os seus cidadãos temem. É um duplo golpe. O Ocidente está a subsidiar um regime que está a matar desnecessariamente o seu povo em vez de se envolver numa diplomacia pacífica com a Rússia para pôr fim a esta guerra.

Além disso, milhões de ucranianos estão a viver em países europeus sem pagar renda, o que coloca uma enorme pressão sobre a habitação e os serviços para os cidadãos europeus. Tudo isto porque o Tio Sam e os cães de guarda europeus estão a promover uma guerra criminosa por procuração.

Os ucranianos não estão a fugir da agressão russa. Estão a fugir do horrível regime parasitário ucraniano e do banho de sangue desencadeado pela NATO.

26/Abril/2024

[*] Strategic Culture Foundation, info@strategic-culture.su

O original encontra-se em strategic-culture.su/news/2024/04/26/biden-61-billion-and-kievs-conscription-crackdown-ukrainians-fleeing-nato-bloodbath-not-russia/

Este editorial encontra-se em resistir.info

a trégua olímpica de macron é uma burla e pura propaganda pessoal

O apelo de Macron à trégua olímpica conquista o grande prémio do cinismo ocidental

– Num campo ocidental apinhado de competidores por este duvidoso título, Macron alcança o grande prémio.

SCF [*]

Macron, jogos olímpicos.

O Presidente francês Emmanuel Macron quer uma trégua na Ucrânia e em Gaza durante os Jogos Olímpicos de Paris, este verão.

Macron disse esta semana que a sua proposta é consistente com o antigo conceito de uma trégua olímpica, quando, historicamente, as hostilidades seriam postas de lado para mostrar ideais mais elevados de fraternidade humana e aspirações pacíficas. Em suma, uma demonstração da noção edificante de que o desporto está acima da política.

A Rússia respondeu que, em princípio, não era contra a ideia. No entanto, Moscovo salientou que a ideia de paz olímpica de Macron carece de quaisquer detalhes práticos que garantam uma iniciativa genuína.

Para ser mais direto, o líder francês não tem credibilidade para propor um acordo tão potencialmente importante. A sua proposta vaga está cheia de contradições.

Há apenas algumas semanas, Macron lançou a ideia de enviar tropas da NATO para combater na Ucrânia contra a Rússia. Não se retratou dessa provocação imprudente, que poderia fazer escalar o conflito para uma guerra mundial entre potências nucleares.

Agora deveríamos acreditar que Monsieur le President é um tribuno da paz mundial.

Paris e outras capitais da NATO estão a pressionar desesperadamente para que sejam enviadas mais armas para o regime neonazi de Kiev. A guerra por procuração da NATO contra a Rússia está no seu terceiro ano e parece cada vez mais uma causa perdida para Washington e os seus aliados ocidentais. Nenhum líder ocidental está disposto a abandonar o fantasma deste desastre sangrento para derrotar estrategicamente a Rússia, explorando uma solução diplomática para a guerra.

Como é que a suposta preocupação de Macron com uma Trégua Olímpica pode ser levada a sério?

Quanto a Gaza, a França e os seus parceiros da NATO têm sido cúmplices no patrocínio de um genocídio nos últimos seis meses e meio. O massacre de mais de 34 000 palestinianos pelo regime israelense – um número de mortos que aumenta todas as semanas – e o seu cerco de fome contínuo à Faixa de Gaza são crucialmente possibilitados pelo apoio militar e político dos Estados Unidos e da União Europeia.

Como se isso não fosse suficientemente mau, a França, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha apoiam de facto a agressão de Israel ao Irão, bem como à Síria, ao Líbano, ao Iraque e ao Iémen. O trio ocidental está a ajudar as defesas aéreas de Israel, ao mesmo tempo que condena o Irão e impõe sanções económicas. O seu envolvimento tácito está a dar luz verde a mais beligerância israelense e à violação das leis internacionais, o que está a corroer todo o tecido da segurança global.

Dada a terrível culpabilidade das potências ocidentais no fomento destes conflitos explosivos, é o cúmulo da duplicidade Macron voltar atrás e fazer a sua pomposa proposta de tréguas durante os Jogos de verão que se realizam em Paris de 26 de julho a 11 de agosto.

A verdadeira preocupação de Macron é mostrar a França em toda a sua presumível grandeza num espetáculo mundial.

O narcisista Macron é movido por uma ambição auto-engrandecedora e por ilusões de grandeza como estadista mundial e presidente que restaurou o prestígio internacional da França. É esta mesma megalomania que impulsiona os seus recentes apelos a um maior envolvimento da NATO na guerra por procuração na Ucrânia. O antigo banqueiro dos Rothschild e agora aspirante a Napoleão é um charlatão completamente desprovido de quaisquer princípios.

É significativo que a cerimónia de abertura dos Jogos de verão esteja planeada para ter lugar ao longo do rio Sena, sob a forma de uma regata extravagante. Esta disposição rompe com a tradição moderna de todos os Jogos Olímpicos serem abertos no principal estádio que acolhe os eventos desportivos. O Stade de France está localizado fora da capital francesa. Fica-se com a nítida impressão de que Macron quer que a grande abertura seja transmitida pela televisão no centro de Paris, simplesmente com o objetivo de exibir a capital e os seus famosos marcos culturais.

Para Macron, os jogos quadrienais têm como principal objetivo mostrar a França da melhor forma possível ao mundo, para fins de exibição política e comercial. Os jogos em si são um veículo para as suas ambições vaidosas.

A verdade é que os Jogos Olímpicos e outros eventos desportivos internacionais há muito que foram desviados pela política ocidental para a sua agenda imperialista.

Quando os EUA e os seus aliados da NATO estavam a travar guerras ilegais em inúmeros países da Ásia Central, do Médio Oriente e do Norte de África, nunca houve apelos a uma trégua olímpica. Nunca se apelou à proibição de os EUA e os seus aliados participarem nos jogos, apesar de existirem motivos substanciais para tal.

Há vários anos que os atletas russos têm sido banidos de eventos desportivos com base apenas em alegações forjadas sobre o abuso de drogas e outras alegadas infracções. Como o nosso colunista Declan Hayes salientou em vários artigos, a campeã russa de patinagem artística Kamila Valieva e outros atletas de classe mundial têm sido sujeitos a esforços ocidentais implacáveis para destruir a sua reputação e a sua participação nos “circos desportivos da NATO”.

Vergonhosamente, as potências ocidentais e os seus meios de comunicação social tóxicos têm feito tudo para garantir que a política esteja acima do desporto. Os eventos desportivos tornaram-se apenas mais um complemento da propaganda ocidental.

Se Macron tivesse algum motivo genuíno para a paz internacional, estaria a pedir o fim do armamento do regime neonazi na Ucrânia e a defender um compromisso diplomático crível com a Rússia.

Se Macron quisesse sinceramente que os Jogos Olímpicos servissem como uma abertura para a paz e a humanidade, estaria a apelar a um cessar-fogo imediato em Gaza e ao pleno respeito pelos direitos nacionais e humanos dos palestinos.

O Comité Olímpico Internacional, controlado pelo Ocidente, proibiu os atletas russos de participarem nos Jogos de Paris sob a sua bandeira nacional. A sua “concessão” é que 40 desportistas russos podem participar desde que o façam sob uma “bandeira neutra” e que não mostrem quaisquer sinais de apoio à campanha militar russa na Ucrânia. Por que razão não foram impostas tais restrições aos americanos ou aos britânicos durante as suas guerras criminosas no Iraque e no Afeganistão?

A Rússia é proibida, mas Israel é autorizado a enviar uma equipa completa com as cores nacionais, enquanto conduz o pior genocídio dos tempos modernos. A hipocrisia ocidental é aqui absolutamente revoltante e auto-recriminatória.

Tal como uma tragédia grega, o cinismo desenfreado e o abuso por parte das potências ocidentais estão a destruir os Jogos Olímpicos, o próprio evento que estão a tentar monopolizar para a sua nauseabunda sinalização de virtude.

Num campo ocidental apinhado de competidores por este duvidoso título, Macron alcança o grande prémio do cinismo.

19/Abril/2024

[*] Strategic Culture Foundation.

O original encontra-se em strategic-culture.su/news/2024/04/19/macron-olympic-truce-call-takes-gold-for-western-cynicism/

Este artigo encontra-se em resistir.info

assim vai o mundo: para onde? ( Daniel Vaz de Carvalho, in resistir.info )

Assim vai o mundo: Para onde?

Daniel Vaz de Carvalho

Queda da Babilónia, de Gustave Doré.

Multipolaridade

Para onde vai o mundo? Podemos dizer: já foi… Os conflitos na Ucrânia e de Israel, mostram que a hegemonia global é uma ilusão desvanecida. Tentar recupera-la conduzirá o mundo a uma Terceira Guerra Mundial.

A proliferação de bases militares dos EUA e 13 porta-aviões, símbolos da sua força, tornaram-se fragilidades do seu poder. A Ucrânia é um problema para o qual ocidente não tem solução consistente. Israel, representante dos interesses ocidentais no Médio Oriente, arrasta os seus mentores e financiadores para conflitos que não só põem em causa as estratégias e interesses globais dos EUA como evidenciam a desorientação, impotência e inoperância dos sistemas do hegemónico.

Desde 2014 que o processo da multipolaridade se aprofunda. Cada vez mais países perceberam e agem no sentido em que nada de positivo se pode esperar do ocidente, liderado pelos EUA, que abusa da sua posição de preponderância baseada sobretudo no dólar.

Depois de várias guerras promovidas pela NATO, a da Ucrânia marcou definitivamente a divisão do mundo em blocos cujo antagonismo cresce. A par do ocidente coletivo estrutura-se o bloco baseado na Rússia e na China cujas relações se alargam nos vários continentes. É sintomático, que a Rússia tenha considerado no CS da ONU que não se justificavam sanções à RPDC, desenvolvendo com este país parcerias em todas as áreas incluindo militares.

A recusa de qualquer excecionalidade de um país sobre outros, evidencia-se nas declarações de responsáveis russos. Diz Putin: “O mundo passa por uma transformação fundamental. A principal tendência é que o antigo sistema unipolar seja substituído por uma nova ordem mundial multipolar, mais justa. Isto já se tornou absolutamente óbvio para todos. Não importa o que alguém queira, a nossa atividade nos assuntos mundiais só aumentará e a Rússia terá uma série de funções importantes de política externa a cumprir”.(https://t.me/geopolitics_live/, Telegram, 04/12)

A filosofia da multipolaridade, tem sido definida pela Rússia em várias iniciativas com larga participação internacional. Em janeiro no Fórum Multipolaridade, Putin definiu-a como uma filosofia alternativa, baseada na ideia de que o ocidente não é a única civilização neste planeta, mas apenas uma entre muitas, que a multipolaridade não é anti-ocidental, mas sim contra a presunção de universalidade e excecionalismo do ocidente, que os ocidentais comuns também são vítimas do sistema globalista.

Segundo Putin: “Desde o colapso da URSS, os detratores querem desmembrar a Rússia e subjugá-la.” (Geopolítica ao vivo – Telegram 02/04) Numa entrevista, afirma: o ocidente só aceita a Rússia na “família dos povos civilizados” dividida em partes e estabelecendo controlo sobre os seus fragmentos. A Rússia é contra um mundo no interesse de apenas um país – os Estados Unidos. Dirigindo-se aos participantes do fórum internacional “Pela Liberdade das Nações” em Moscovo, Putin, afirma: “O neocolonialismo é um legado vergonhoso da era secular de pilhagem e exploração dos povos da África, Ásia, América Latina e outras regiões do planeta. Vemos hoje as suas manifestações agressivas nas tentativas do ocidente manter o seu domínio e supremacia por qualquer meio, para subjugar economicamente outros países, privá-los de soberania e impor valores e tradições culturais estrangeiras.” (https://t.me/geopolitics_live/, Telegram, 26/02)

A tentativa canhestra de isolar a Rússia não funcionou. No final de 2023, Putin viajou até ao Médio Oriente tendo reuniões na Arábia Saudita, Emirados e Irão, reconhecido como líder geopolítico à frente de um país económica e militarmente forte. Pela sua reeleição, considerada ilegal no ocidente, as felicitações vieram de dirigentes de todos os continentes: da Nicarágua ao Myamar, da Líbia ao Afeganistão. Moscovo reforça as relações com os países africanos. Apoiados pela Rússia, Mali, Burkina Faso e Níger criaram uma aliança político-militar, a Aliança do Sahel, expulsando os soldados franceses.

Seria bom que na UE se atentasse nestes factos e na displicência das palavras de Lavrov: “as únicas negociações reais sobre o destino da Ucrânia só podem ser com os Estados Unidos; as negociações com marionetas são tão sem sentido como os acordos de Minsk. No Fórum Internacional da Exposição da Rússia, Lavrov atacou fortemente os EUA: “Os métodos utilizados pelos Estados Unidos e seus aliados estão semeando o caos em várias regiões do mundo, alimentando conflitos entre países e povos, exacerbando tensões inter-religiosas e inter-étnicas. O Ocidente acostumou-se a resolver seus próprios problemas às custas dos outros e explorando os seus recursos.” (https://t.me/geopolitics_live/, Telegram, 06/11)

Estas citações mostram:
1 – A fratura em dois blocos com filosofias geopolíticas e de relações internacionais completamente distintas.
2 – O total fracasso dos objetivos dos EUA, UE/NATO de isolar a Rússia.
Mostram também uma forma de pensar e agir, muito alinhada com a China que obteve eco global, dando consciência às ex-colónias ocidentais que o ocidente não representa a maioria mundial.

Embora o hegemónico lute desesperadamente contra a realidade dos factos tentando manter as suas ilusões, mesmo em termos económicos o ocidente perde proeminência: os dez portos marítimos mais movimentados estão no Oriente, sete dos quais na China, os restantes na Coreia do Sul e Singapura. Por exemplo, a China está prestes a conquistar o título de maior exportador de automóveis do mundo, prevendo-se 5 milhões de veículos exportados este ano.

Expressão da realidade multipolar são os BRICS dos quais fazem parte desde janeiro o Irão, Etiópia, Egito, Arábia Saudita e Emirados, representando 35% do PIB, ultrapassando o G7. Ao que consta, mais de 30 países manifestaram forte interesse em estabelecer uma cooperação estreita com as nações BRICS. Os BRICS têm desenvolvido relações comerciais sem dólares e está em estudo a criação de uma moeda própria.

Tudo isto ocorre pela inconsistência de políticas sem o mínimo de (pre)visão:   o exagero – e falhanço – das sanções fez com que muitos países vissem que as relações económicas e financeiras com o ocidente estão dependentes do alinhamento com as políticas dos EUA, podendo em qualquer momento serem alteradas caso aquele alinhamento não seja total quando requerido.

A par dos BRICS desenvolve-se a Organização de Cooperação de Xangai (OCX) com relações económicas mas também de coordenação entre os ministérios da Defesa e as forças armadas dos Estados membros com exercícios conjuntos destinados a melhorar as capacidades para repelir “ataques em grande escala de terroristas internacionais”. Desenvolvem-se também as relações dos países do Conselho Económico da Eurásia e está em curso uma maior ligação entre os BRICS, OCX, e a sua integração com a Organização de Unidade Africana, Liga Árabe, ASEAN.

O triunfalismo dos “comentaristas” que falavam do isolamento da Rússia da “comunidade internacional” tomando desejos por realidades, desvaneceu-se. Ocorre o contrário, ex-aliados e países neocolonizados afastam-se das políticas inconsequentes dos EUA, interessados em alcançar efetiva soberania. Além de lhe caber este ano a presidência do BRICS, a Rússia realizou várias conferências sobre multipolaridade e uma segunda reunião do Movimento Internacional de Russofilia, iniciativas visando contrariar a agenda unipolar e as ameaças de guerra.

( … )

Aqui e agora

Portugal tem uma Constituição que a direita detesta. O PS embora não a cumpra no que é efetivamente de esquerda e tenha acompanhado a direita nas mudanças para favorecer o grande capital, com alguns pruridos democráticos tem resistido às pressões para a subverter totalmente.

Assim, conforme estipula o Art. 7º Relações internacionais:

1 – “Portugal rege-se pela solução pacífica dos conflitos internacionais e não ingerência nos assuntos internos dos outros Estados e da cooperação com todos os outros povos para a emancipação e o progresso da humanidade”.
2 – Portugal preconiza a abolição do imperialismo, do colonialismo e de quaisquer outras formas de agressão, domínio e exploração nas relações entre os povos, bem como o desarmamento geral, simultâneo e controlado, a dissolução dos blocos político-militares e o estabelecimento de um sistema de segurança coletiva, para uma ordem internacional capaz de assegurar a paz e a justiça nas relações entre os povos. 3 – Portugal reconhece o direito dos povos à autodeterminação e independência e ao desenvolvimento, bem como o direito à insurreição contra todas as formas de opressão.
5 – Portugal empenha-se no reforço da identidade europeia e no fortalecimento da ação dos Estados europeus a favor da democracia, da paz, do progresso económico e da justiça nas relações entre os povos.

Para cumprir a Constituição, Portugal deveria ter proposto a aceitação da proposta da Rússia em 2021 para o estabelecimento de um sistema de segurança coletiva na Europa, propor negociações como solução para o conflito na Ucrânia, quando pelo contrário nos media e na AR os que tal posição adotaram foram desde logo caluniados de “putinistas”. Deveria também apoiar o direito do Hamas à insurreição.

É pois anticonstitucional a transferência de dinheiro do Estado para a Ucrânia em vez de insistir em negociações de paz. Ao preconizar a abolição do imperialismo, Portugal deveria apoiar decididamente a multipolaridade geoestratégica. Deveria progressivamente tomar medidas concretas para a saída da NATO e afastar-se das suas iniciativas de confronto; aceitar a independência e autodeterminação dos povos do Donbass; não alinhar em sanções ilegais (fora do âmbito do CS da ONU) contra a Rússia, China, Irão, Cuba, Venezuela, etc.

Como a Constituição não é cumprida no que respeita às relações internacionais, Portugal alinha de forma subserviente com as políticas agressivas que vigoram na UE/NATO. Afirma a Von der Leyen: “A despesa europeia com a defesa tem de ser acelerada”, tal como a guerra não é uma coisa do passado na Europa, a cooperação em matéria de defesa deve ser a marca do futuro (?!) na Europa”.

Portanto, o que estes “democratas liberais” pretendem é colocar a guerra acima das necessidades sociais, sem explicitar, se é que fazem alguma ideia, o que isso implica em termos financeiros, industriais, tecnológicos, prazos. Assim para combater uma imaginada invasão russa, a visão que preside a este esforço de investimento e sacrifícios sociais e criar umas imaginárias “forças armadas europeias”, parece ser continuar a criar tensões nas fronteiras russas e ir combater para a Ucrânia, pois “a Rússia não pode vencer”, dizem.

Em Portugal, em lugar de ir a reboque dos interesses que comandam a UE/NATO deveria discutir-se a estratégia para o desenvolvimento das suas Forças Armadas, depois da política de direita ter desmantelado tudo ou quase tudo do sector industrial militar. Deveria, sim, definirem-se as necessidades das FA para a manutenção da ordem constitucional, da soberania terrestre e marítima, da cooperação com os PALOP, sem esquecer adequadas remunerações dos efetivos.

A sociedade humana está enfrentando uma “escolha de vida ou morte”, diz a China:   entrar num ciclo vicioso de confronto e divisão contínuos ou procurar um caminho de cooperação mutuamente vantajosa, permitindo que as pessoas tenham uma vida melhor. O bloco liderado pelos EUA tornou-se o maior obstáculo para a construção deste objetivo.

Quanto ao futuro que nos estipula Washington, é o de a NATO – portanto nós, também – entrar em guerra com a Rússia se a Ucrânia perder, como se a Ucrânia já não estivesse derrotada, tratando-se desde 2014 de uma guerra da NATO em meios materiais, com meios humanos (sobretudo mercenários) ainda de forma reduzida. A justificação, é que a Rússia vencendo, iria continuar a agredir outros países, atribuindo assim a outros as suas próprias intenções, como se tem visto noutros casos. Quando Blinken assegura que “a porta da NATO permanece aberta para a Ucrânia, que se tornará membro da NATO”, será que não entende que isso equivale a iniciar a 3ª Guerra Mundial?

É evidente que a Rússia não tem potencial militar para invadir a Europa a ocidente, mas tem no seu arsenal estratégico meios para dissuadir qualquer agressão em larga escala, incluindo armas para as quais os EUA não têm defesa – muito menos a UE/NATO – como os hipersônicos Zircon, Kinzhal, Avangard, o drone submarino nuclear Poseidon, o míssil de propulsão nuclear Burevestnik, o Sarmat e aviação avançada. Que pretendem afinal, quando a Rússia e a China desenvolvem parcerias com o Irão e a RPDC incluindo na área militar?

Ou compreendemos o papel de Pequim como um novo polo multipolar, visto que se tornou a maior economia global em termos de PPP, a maior economia comercial e industrial, estando na vanguarda da Quarta Revolução Industrial e alinhamos de forma soberana com o seu modelo de cooperação mutuamente vantajosa ou alinhamos sem soberania na ordem unipolar de guerras e revoluções coloridas.

A cooperação global é fundamental para abordar as questões das elevadas dívidas, dos conflitos, da fragmentação do comércio e da insegurança alimentar”, diz-se numa análise do Banco Mundial. Os conflitos na Ucrânia, em Gaza, e Médio Oriente, são uma ameaça ao crescimento. As sanções à Rússia aumentaram os preços da energia em todo o mundo, prejudicando as economias europeias em particular. Conforme o relatório verifica, 2024 provavelmente concluirá a meia década mais lenta de crescimento económico em 30 anos, comprovando afinal que no mundo unipolar a cooperação só funciona num sentido: o da oligarquia transnacional.

Escrevia Paul Edwards, escritor e cineasta norte-americano:   “É intrigante imaginar que grandes avanços poderiam vir para o povo se o Estado fosse administrado em seu benefício. Mas isto, é claro, nunca acontecerá sob o capitalismo imperial”.

É um facto, e para que esta situação não se altere os media encarregam-se de garantir que uma maioria de pessoas votem contra si próprias, alienadas pela propaganda da direita e extrema-direita.

16/Abril/2024

A primeira parte encontra-se em:
Assim vai o mundo: As guerras

Este artigo encontra-se em resistir.info

do jornalixo ao apoio, passando pela mesma choldra de sempre !!!

Ainda há gente do jornalixo que não comprendeu que o seu discurso enviesado é ridículo. Um exemplo trazido a lume de novo: o bombardeamento de israel da embaixada do irão na Síria foi noticiado sem a gravidade que teve por ser um ataque a um país terceiro e por se infringir a regra máxima de não ataque a instalações diplomáticas que nem hitler ultrapassou. Calado este grave incidente, agora faz-se do Irão o mau da fita quando usa o seu direito à resposta.

Veja-se: israel pode retaliar; ao Irão reserva-se a ofensiva, sem de dizer qual a sua origem. O jornalixo fez o mesmo com a operação militar russa na ucrânia ao calar durante 8 anos os bombardeamentos dos nazis de kiev às populações do donbass que não aceitaram o golpe de estado pago e organizado pela nato/eeuu/cee. Então os russos invariram e não foram em socorro das populações ligadas à Rússia. Ainda hoje estamos nessa. O hamas atacou em 7 de outubro e israel não tinha roubado terras, desalojado populações palestinas, feito 12 mil reféns-prisioneiros, assassinado políticos e lideres sociais desde que o sionismo se estabeleceu num território que nunca lhe tinha pertencido. Justifica assim o ocidente da nato/eeuu/cee o genocídio que comete o a destruição sistemática de Gaza.

O homem é um dos poucos animais estúpidos; o jornalista que mente é um ser hediondo e nojento.

Qualquer um de nós gostaria de saber que vantagens advieram do golpe de mudança de governo. Até ver, nenhumas; estamos no mais do mesmo, cheios de nódoas de banha de cobra.

Somos um país de pategos e talvez não tenhamos redenção.

A mnegro, o rei da aldrabice, preocupa-o o drogado de kiev. Já lhe prometeu TODO o a-poio e até já o tem num carrinho de mão.

Vai rangel levá-lo de mãos dadas com o melo. Olha que 2 !!!

oxisdaquestão, 16.04.2024

as guerras deste mundo; os eeuu/nato/cee como seus autores

Assim vai o mundo: As guerras

Daniel Vaz de Carvalho [*]

Novo cemitério na Ucrânia.

O mundo hoje está confrontado com três guerras:  a da NATO na Ucrânia; a de Israel na Palestina; a guerra contra a China em acelerada preparação. A propaganda de guerra, o constante semear de pânico, ódios, irracionalidade contra ameaças da Rússia, China, Irão, RPDC, enfim contra tudo o que não se submeta ao poder imperial dos EUA, tornou-se o padrão da desinformação nos países do dito ocidente – uma lavagem ao cérebro da opinião pública para aceitarem os sacrifícios e perda de direitos que a oligarquia e o imperialismo necessitam para manter o seu poder em declínio e disfarçar as crises.

Ucrânia

A guerra na Ucrânia processa-se desde 2014, na sequência da expansão da NATO para leste passando de 16 países no tempo da URSS para 32. A Ucrânia é agora o país mais pobre da Europa, privada de metade da população e de quase toda a sua indústria, sem condições para assumir a manutenção de um exército. A Ucrânia tornou-se um país inviável, totalmente dependente do que a UE/NATO lhe der, com a ligação à sua História e raízes a ser cortada. O resultado é apenas mais ucranianos mortos, repressão neonazi e corrupção, para a NATO “não perder a face” na ilusão de vencer a Rússia.

Que futuro perspetiva a NATO na Ucrânia? Uma reportagem publicada no Washington Post mostra que a maioria dos ucranianos está a desesperar com a guerra e as baixas intermináveis. A Ucrânia perdeu cerca de 85% de sua força mobilizada inicial, de 100 indivíduos que se juntaram às unidades apenas 10-20 deles permanecem, o resto está morto, ferido ou incapacitado. Indiferente, a propaganda segue o estilo do nazismo em 1944-45, quando a guerra estava mais que perdida. Deviam recordar-se – se o saber histórico lhes interessasse – que mesmo com Gobbels, a Alemanha perdeu a guerra .

Aprendizes de feiticeiro, os líderes da UE/NATO, meros súbditos do império, envolveram-se numa guerra que não podem vencer e as únicas ideias que apresentam são de mais guerra. Violaram os dois acordos de Minsk, recusaram a proposta da Rússia para um tratado de segurança coletiva em 2021, Kiev, às ordens de Washington foi proibida de concluir as negociações para a paz com a Rússia em abril de 2022. Agora bradam que a Rússia quer invadir a “Europa”. ( … )

Israel

A guerra de Israel não é propriamente uma guerra, é um genocídio contra a população palestina, com o patrocínio do ocidente, que fornece armas e financia Israel (EUA). Nem uma sanção foi aplicada, embora tenham sido bombardeados hospitais, organizações humanitárias da ONU, pessoal médico, jornalistas, etc. Os votos piedosos da UE/NATO e EUA tornam-se ainda mais chocantes pela hipocrisia.

“Comentadores” defendem isto afirmando que o Hamas é uma entidade terrorista que não pode ser colocada a par do exército de Israel que “cumpre as leis internacionais”. Nisto seguem os EUA, que no CS da ONU e noutras declarações afirmam não serem praticados crimes de guerra e Israel tem “direito à defesa”. Um exército que já matou mais de 33 000 civis, na maioria mulheres e crianças, segundo Israel “animais humanos” e “terroristas ou cúmplices”. Esclareça-se que o Hamas é a entidade política e administrativa de Gaza de pleno direito em eleições, em que para defesa das populações contra a invasão de colonatos como na Cisjordânia, criou um sector militarizado. ( … )

China

Mas não se trata só de guerra na Europa e Médio Oriente. Apoiadas pelos vassalos europeus estão em curso ameaças à China. O Stoltenberg, repetindo o que nos EUA dizem, tem criticado a China incluindo ameaçar com “consequências graves” se a China ajudar militarmente a Rússia. Seria conveniente que este militarmente idiota explicasse que “consequências graves” são essas.

Os EUA veem a China como uma “ameaça” e um “desafio” que tem de ser enfrentado. Que espécie de ameaça não é esclarecido, porém compreende-se que está em causa o domínio unipolar dos EUA, dado o desenvolvimento económico da China, potencial militar e abrangência diplomática em todos os continentes. Claro que o objetivo dos EUA não será ocupar a China, mas leva-la ao caos de guerras civis, separatismo, com a ajuda de “quintas colunas” e outros Chang Kai-shek (ou Gorbachov). O fracasso em Hong Kong, Tibete, Xinjiang (Uigures), não os demove.

Uma guerra com a China é algo que o bloco liderado pelos EUA não pode vencer. As fragilidades da logística (tropas, equipamento, munições, etc.) para alimentar uma guerra de média duração são intransponíveis, acresce o Pentágono alertando “sobre atraso na produção de armas dos EUA e a sua incapacidade para as construir com a rapidez e qualidade suficiente”. Pelo contrário, a China modernizou e expandiu rapidamente as suas capacidades militares: “A China tornou-se um centro industrial global com a sua indústria e desenvolvimento tecnológico excedendo em muito a capacidade não só dos Estados Unidos, mas também a produção combinada dos seus principais aliados europeus e asiáticos”. (https://t.me/geopolitics_live/, Telegram, 04/12)

Os EUA aumentam o cerco à China, tal como feito relativamente à Rússia com o resultado conhecido. Os EUA terão implantados no Pacífico, cinco porta-aviões, cinco a dez submarinos de ataque, além de 30 navios, uns 500 aviões. Estão a instalar-se militarmente em três pequenas nações insulares, Palau, Ilhas Marshall e Micronésia. Posicionaram forças especiais nas Ilhas Kinmen de Taiwan, criando um facto consumado de Taiwan como país independente. Há também pessoal militar norte-americano em Taiwan para formação. ( … )

A preparação para a guerra

Diz outro dos fantoches que pululam na UE/NATO, o sr. Borrell, que a possibilidade de uma guerra de alta intensidade na Europa “não é mais uma fantasia”. É de facto difícil perceber o que vai nas cabeças da gente que lidera o ocidente. Perderam no Afeganistão, na Síria, a Líbia aproxima-se da Rússia, o Iraque do Irão, derrotados na Ucrânia, têm de tomar a seu cargo um país destruído, sem economia, sem gente para a fazer funcionar, querem fazer o mesmo no Extremo Oriente para submeter a China. Como? Mais guerra.

Na Ucrânia a ideia original, era torna-la um problema para a Rússia, em vez disso criaram um problema para os países da UE/NATO… político, económico e a perspetiva de iniciar a Terceira Guerra Mundial.

Quanto à militarização da UE/NATO é uma proposta mais ao estilo fascista que democrático:   criação de inimigos para controlar o descontentamento popular, aumentando a dependência dos EUA. Este bloco não tem matérias-primas, nem conhecimentos, nem indústria em larga escala para produzir equipamentos ao nível da Rússia, da China, nem mesmo aos do Irão. Não dispõe de combustível para operar grandes massas mecanizadas e, finalmente, não dispõe de dinheiro nem tempo para nada disto, nem para manter grandes exércitos em permanência. O valor estipulado para as despesas militares na NATO é 2% do PIB, mas na Polónia já se começou a falar em 3%. Atualmente anda entre os 1,9% do PIB em França, 1,57% na Alemanha e 1,13 na Bélgica; em Portugal, 1,48%,

Tudo isto para defender um regime que proibiu os partidos da oposição, cancelou as eleições presidenciais, transformou criminosos nazis em heróis nacionais, prende e tortura os críticos, como o jornalista norte-americano Gonzalo Lira morto pela polícia política de Kiev, e ainda hostilizar a China de que a UE/NATO depende como parceiro comercial e de matérias-primas estratégicas, dificilmente substituível como fornecedor e em preço.

A preparação para as guerras em curso foi tema ausente das campanhas eleitorais nos países da UE/NATO. Por aqui, as pessoas foram distraídas, melhor dizendo alienadas, com o combate à corrupção, quando o essencial na violação dos interesses do Estado residiu nas privatizações e PPP, conforme explicitado pelo Tribunal de Contas e Comissões Parlamentares. Tudo isto foi e é escamoteado nos media validando as acusações generalistas e broncas da extrema-direita. Porém, uma vez o novo governo instituído, logo se apressaram a fazer voto de submissão às políticas belicistas da NATO, com o primeiro-ministro garantindo a Zelensky apoio económico e militar “enquanto for necessário”. É a democracia dos factos consumados delineada nos media controlados.

Diz a ativista norte-americana Caitlin Johnstone: “A humanidade não pode mais permitir ser abusada e tiranizada por essa estrutura de poder assassina e hipócrita que atravessa o mundo. Um mundo melhor é possível, mas primeiro teremos que encontrar uma maneira de o arrancar das garras desses monstros”. Assim terá de ser.

10/Abril/2024

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